A Internet das Coisas (IdC) é o conceito que descreve a rede de objetos físicos ou “coisas” capazes de comunicar entre si de forma autónoma. É considerada a terceira vaga da Internet, por vezes citada como a “Internet de Tudo” (IoE – Internet of Everything), e é certo que vai ter implicações muito significativas em todas as indústrias de base tecnológica, mas também em áreas de produção aparentemente mais afastadas e insuspeitas, como a agricultura ou a pesca.

Numa perspetiva panorâmica, podemos dizer que a Internet fixa marcou a primeira vaga na década de 1990, alcançando cerca de um bilião de utilizadores, principalmente através dos seus desktops. Na primeira década deste século vimos chegar a segunda vaga com o apogeu da Internet sem fios, que passou a ligar cerca de dois biliões de pessoas em todo o mundo através de dispositivos móveis.

A Internet das Coisas deverá envolver-se em (quase) todos os aspetos das nossas vidas ao longo dos próximos anos, havendo previsões que apontam para a existência de 28 biliões de dispositivos conectados em 2020. Em 2008 o número de equipamentos ligados à Internet já excedia o número de habitantes no planeta, e segundo o gabinete de estatísticas da OCDE a Coreia do Sul é atualmente o país com o maior número de aparelhos ligados. Nesta lista Portugal ocupa a 10ª posição, à frente de países como o Reino Unido ou o Japão.

As “coisas” neste sentido podem referir-se a uma ampla variedade de engenhos como implantes cardíacos, eletrodomésticos, automóveis e biochips que podem ser aplicados em animais. Na Austrália já foram implantados cinco mil sensores em abelhas para registar os movimentos das colmeias e perceber o que está a provocar o seu desaparecimento. Existe uma infinidade de áreas de aplicação da automação conectada através da Internet, possibilidades que vão desde a monitorização de gado, por exemplo, ao controlo de espécies em viveiros de marisco no mar.

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Nesta perspetiva, os equipamentos eletrónicos incorporam sensores, software e dispositivos de conectividade que facilitam a recolha e a partilha de dados através de uma rede, permitindo que os controlemos à distância. Exemplos atuais do mercado incluem sistemas inteligentes de controlo de temperatura como o que encontramos no novo esquentador Sensor Connect da Vulcano. A reconhecida especialista em soluções de água quente já colocou no mercado o seu primeiro aparelho termostático que pode ser controlado a partir de um smartphone ou tablet. Basta instalar a aplicação gratuita “WaterConnect”, disponível para iOS e Android, para regular a temperatura da água à distancia, saber quantos litros de água gastou e quanto tempo passou no duche, consultar gráficos sobre os consumos de gás e respetivos custos.

Intuitivo e de fácil leitura, permite o controlo preciso da temperatura, exibindo dados sobre o estado da água ou o consumo em tempo real. A marca anuncia níveis de economia que podem significar a poupança de 60 litros de água por dia e de 35% na fatura do gás, graças a uma maior estabilidade da temperatura e à eficaz regulação do caudal disponível. O Sensor Connect comprova a tradição inovadora da portuguesa Vulcano que ao longo dos anos teve vários esquentadores considerados “inteligentes” no seu catálogo, como os de hidrogerador. Desta vez a marca entra no universo da Internet das Coisas ao produzir um equipamento com tecnologia de conectividade através de Bluetooth Smart, permitindo o seu controlo total através de uma aplicação móvel.

A vantagem de ter os dispositivos conectados é que eles passam a fazer parte de um ecossistema informático que podemos controlar à distância, facilitando o nosso dia-a-dia e a nossa relação com as máquinas. Os sistemas de domótica já lhe permitem verificar se fechou a porta da garagem ou ativar um sistema de alarme, ao mesmo tempo que certifica que todas as luzes da casa estão desligadas. Inclusive a tomada do ferro de engomar: um clássico na galeria do esquecimento doméstico!

A interconectividade destes dispositivos vai permitir que a automação chegue a quase todos as áreas do quotidiano, favorecendo ao mesmo tempo a criação de redes inteligentes (smart grids) que farão parte da paisagem eletrónica das cidades num futuro próximo. Os gadgets, os computadores, os automóveis e até os mais simples eletrodomésticos, todos vão ser apanhados pela onda da Internet das Coisas, transformando definitivamente o modo como trabalhamos e vivemos.