O Tribunal de Contas da União do Brasil, órgão de assessoria do poder Legislativo, encontrou falhas na integração entre os agentes de segurança do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
As falhas foram denunciadas em conferência de imprensa pelo magistrado Augusto Nardes, salientando que os principais erros estão no controle das fronteiras, manifestando-se ainda preocupado com a evasão de divisas.
A auditoria do tribunal sobre a segurança contra ações terroristas não foi concluída e é sigilosa, pelo que o juiz não divulgou detalhes das análises já feitas, segundo o portal de notícias G1.
Augusto Nardes falava na conferência de imprensa promovida pelo Ministério da Justiça, no Rio de Janeiro, sobre o esquema de segurança para os Jogos Olímpicos de 2016.
O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, também do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse que o Governo brasileiro irá cooperar com outros países para enfrentar os riscos do terrorismo, mas negou que o planeamento seja modificado devido aos últimos atentados, em Paris, no dia 13 de novembro.
Segundo a Agência Brasil, Andrei Rodrigues afirmou que a cooperação com a França será reforçada, e que haverá “mais gente trabalhando com foco específico no combate ao terrorismo”, e que os Jogos Olímpicos de 2016 serão os primeiros a ter um centro de segurança exclusivo para combater o terrorismo,
No total, 85 mil agentes farão a segurança do evento, sendo 38 mil das Forças Armadas e 47 mil entre polícias, defesa civil e ordenamento urbano, segundo o Ministério da Justiça, que anunciou ter investido 350 milhões de reais (88 milhões de euros) diretamente na Olimpíada.