Josep Blatter vive tempos difíceis, agora que foi suspenso por oito anos de qualquer atividade no futebol. O presidente da FIFA está associado ao organismo máximo do futebol mundial desde 1975, sendo que agarrou a presidência em 1998. O suíço é acusado de protagonizar um pagamento irregular a Michel Platini, o presidente da UEFA e pretendente ao mesmo cargo na FIFA. A personagem em si sempre foi polémica, mas agora que a carreira do suíço parece ter chegado ao fim, o Telegraph brinda os leitores com uma reportagem… na China.
É que Sepp Blatter está no coração dos chineses e tem direito a algum protagonismo no Museu Nacional de Futebol da China, em Linzi, na província de Shandong. Porquê? Bom, porque afirmou, em 2000, que a China era o berço do futebol, cortesia do futebol chinês Cuju. Em 2007, o suíço admitiu que o Campeonato do Mundo de 2018 poderia ser disputado naquele país asiático.
China opens €23m shrine to disgraced Fifa president Sepp Blatter https://t.co/1XCKJXzHRT pic.twitter.com/iTk14LmGcy
— Irish Independent Sport (@IndoSport) December 23, 2015
O museu custou qualquer coisa como 23 milhões de euros e tem as “impressões digitais” de Blatter logo na primeira sala, na qual é explicada a evolução do futebol no país, onde também permanecem outras personalidades dignas de relevo. A sala tem quase 12 mil metros quadrados. Até o logótipo oficial do museu, diz o artigo do diário britânico, conta com a assinatura de Blatter.
Como se pode ver no tweet em cima, até um busto do ainda presidente da FIFA se pode vislumbrar, escudado por uma mensagem que diz qualquer coisa como “[com Blatter] a FIFA atingiu grande desenvolvimento de negócios”. O busto de Blatter, justiça seja feita, está junto aos outros bustos de sete presidentes do organismo que tutela o futebol mundial.
O autor da reportagem refere que há uma menção à Inglaterra no processo da evolução do futebol, embora haja também uma referência aos hooligans ingleses, com o título “a ascensão e a queda do futebol inglês”, como quem ombreia pelo lugar mais alto no que diz respeito à responsabilidade por este desporto.
O novo museu, que substituiu um a cair de podre ali nas redondezas, conta o Telegraph, era suposto ser inaugurado por Pelé. Mas não foi. Quanto às polémicas que agora envolvem Sepp Blatter, o diretor do museu não está preocupado. “Ouvi falar. Mas a função do museu é mostrar a história e cultura — não tem a ver com política. Só prestamos atenção à contribuição de Blatter no desenvolvimento do futebol”, disse ao Telegraph Ma Guoqing.