A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou um plano de redução do escalão secundário, de 24 para 20 clubes até à época 2017/18, admitindo chegar aos 18 na temporada seguinte, se houver consenso nesse sentido.
Pedro Proença, presidente da LPFP, e José Godinho, que encabeça a comissão de clubes da II Liga, revelaram hoje os planos da LigaPro (nova denominação da competição), que arrancará com 22 emblemas já na próxima época, “atingindo o principal objetivo”, que são os 20, na seguinte, segundo os dois dirigentes.
Está também em estudo a realização de um ‘play-off’ a duas mãos entre o terceiro classificado da LigaPro e o antepenúltimo da I Liga para uma vaga adicional no principal campeonato, matéria ainda sujeita a apreciação por todos os membros da associação de clubes profissionais.
Pedro Proença anunciou ainda, como fator basilar para a “sustentabilidade da competição (…), que se deve afirmar como plataforma de novos talentos”, da obrigatoriedade gradual de inserção na ficha de jogo de um mínimo de jogadores sub-23, bem como de jogadores formados localmente.
“A LigaPro [II Liga] deve assumir-se como base de recrutamento, por excelência, para as seleções nacionais jovens e para os clubes da I Liga”, disse o dirigente, em conferência de imprensa realizada no Porto.
José Godinho, ao mesmo tempo presidente da Oliveirense, afirmou que, ao fim de muito debate, “chegou-se à conclusão que a II Liga é irreversível no plano do futebol profissional português”.
“Queremos uma competição credível, onde esteja patente a verdadeira formação do jogador português e este novo modelo competitivo é um virar de página nesse capítulo”, justificou.
Segundo Pedro Proença, os clubes da LigaPro terão um caderno de encargos a cumprir, no sentido da qualidade do produto final a apresentar, isto é, a própria competição, que se pretende mais atraente sob o ponto de vista comercial, mediático e para os espetadores que a acompanham nos estádios.
Para tal, será criada uma comissão de acompanhamento, que ‘fiscalizará’ e trabalhará soluções nesse sentido, disse o dirigente, que reafirmou a centralização na Liga dos direitos televisivos da prova: “A direção está a estudar o tema e queremos as melhores e mais altas receitas possíveis.”