A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) divulgou, esta sexta-feira, que 2,14 milhões de adeptos estiveram nos estádios, na primeira volta da I e II Liga, num número que é recorde em relação às últimas 11 temporadas.

Os dados fazem parte de uma avaliação feita pelo organismo que gere as competições profissionais e divulgados num encontro com comunicação social, no qual Helena Pires, diretora executiva coordenadora da LPFP, considerou os estádios “como locais seguros” para adeptos e famílias.

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“É verdade que recentemente tivemos um episódio que ninguém gostou de assistir, mas que temos de ultrapassar e trabalhar com quem de direito. Mas considero que os nossos estádios são seguros. Já abrimos um departamento sobre esta matéria na LPFF, com ligação direta com todos os agentes envolvidos no tema, e vamos continuar a aprofundar esse trabalho”, disse a dirigente.

Helena Pires lembrou que “foi conseguido, pela primeira vez, ter zonas do estádio onde há uma sã convivência entre adeptos” e garantiu empenho para que “os adeptos e as famílias se sintam bem e seguras dentro dos estádios”.

“Há ainda muitas coisas a fazer, mas neste momento atrevo-me a dizer que não sofremos um problema de insegurança nos estádios”, completou a diretora da LPFP.

Helena Pires sustentou as convicções apresentando dados que registam um número crescente de adeptos nos recintos desportivos, divulgando que na primeira volta das competições profissionais, esta época, a taxa de ocupação dos estádios subiu para 43,4 %, com 2,14 milhões de adeptos presentes.

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O organismo efetuou ainda uma comparação com a realidade de outros países e campeonatos europeus, aferindo que em termos de proporção da população, apenas os escoceses vão mais aos estádios do que os portugueses.

Sobre a qualidade dos jogos dos escalões profissionais, a LPFP também deslumbra uma melhoria, considerando que as ligas “estão cada vez mais atrativas”, partilhando que no principal escalão registou-se, nesta primeira volta, “a maior média de golos entre as edições com 18 equipas”.

No total, nas 17 primeiras jornadas da I Liga foram apontados 446 golos, numa média de 2,92 tentos por jogo, numa cifra que, segundo a LPFP, é superior aos dados das ligas espanhola, italiana e francesa.

O organismo também registou que pela sétima época consecutiva que a média de faltas por jogo continua a descer, atingindo o patamar de 27,7 por partida, que o tempo útil de jogo mantém um tendência evolutiva, com 55,1 minutos, e que a diferença pontual entre o primeiro classificado e o quinto da I Liga, é apenas de 10 pontos, num registo de competitividade apenas superado, na Europa, pelo principal campeonato inglês.

“É importante que os adeptos, os dirigentes e todos os que trabalham com o futebol saibam estes números. Sabemos que há ainda muita coisa para fazer, mas também que muito está a ser feito. Temos a noção onde estamos e para onde queremos ir. Por isso, há um plano estratégico para continuar esta evolução”, concluiu Helena Pires, diretora executiva coordenadora da LPFP.