Sorrisos amarelos para um colega de quem gosta menos ou uma gargalhada forçada depois das piadas do chefe não contam. Rir pode provocar rugas mas é mesmo o melhor remédio, e a ideia é fazê-lo com vontade mesmo que esteja a atravessar um período menos bom no trabalho. É a velha máxima das coisas boas atraírem outras também positivas.

Quem o diz é um estudo feito pela City University London publicado na Forbes, estudo esse que se debruçou sobre a vida dos funcionários de uma empresa de telecomunicações durante dois anos. Os investigadores focaram-se no comportamento das pessoas durante as reuniões de grupo e concluíram que, em média, havia pelo menos 13 momentos para rir numa reunião, sendo que muitos desses momentos eram sobre problemas do trabalho. Uma espécie de rir das desgraças, portanto.

No estudo provou-se também que o riso foi crucial durante o período em que a empresa passou por várias mudanças e incertezas. Durante a reestruturação da empresa, alguns funcionários não podiam falar uns com os outros e as dificuldades que derivaram desta situação levaram a que os trabalhadores recorressem àquelas anedotas que se contam no trabalho e ao humor negro como forma de responderem aos diferentes cenários que se iam colocando.

E porque é que o riso ajuda tanto? Os investigadores acreditam que está tudo na forma como as pessoas reagem em situações de crise. O que uma pessoa considera uma solução, outra pode considerar um problema e o riso é um sinal valioso para demonstrar desagrado de forma não ameaçadora. Certamente que os investigadores não estão a incentivar a rir-se da cara da outra pessoa, há risos e risos.

No entanto, o riso não é a cura para todos os males. Ninguém pode esperar safar-se de tudo a rir e nem uma gargalhada sentida fará com que todos os problemas desapareçam. Nesse sentido, o estudo sugere que os funcionários recorram ao riso para aliviarem o stress proveniente das dificuldades e dos obstáculos, mesmo que a situação seja ridícula. Ou seja: ria para não chorar.

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