O sul-africano Tokyo Sexwale, candidato à presidência da FIFA, afirmou que está disposto a formar uma aliança para impedir que o franco-suíço Gianni Infantino seja nomeado o próximo líder do organismo que rege o futebol mundial.

Em declarações à imprensa sul-africana, o dirigente de 62 anos nunca mencionou o nome do atual secretário-geral da UEFA, mas defendeu que o sucessor de Joseph Blatter deverá ser africano ou asiático e “nunca europeu”.

“Estou focado em garantir que o próximo presidente da FIFA surja de África ou da Ásia. Da Europa, não. Se calhar, é tempo para fazer alianças. É democrático, saudável e bom. Estamos a falar. Somos todos irmãos, somos todos colegas”, referiu Sexwale.

Sexwale é um antigo ativista anti-apartheid e esteve preso junto a Nelson Mandela em Robben Island. O sul-africano não exerce qualquer cargo no futebol do seu país, tendo apenas feito parte do comité organizador do Mundial2010.

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O seu trabalho no Campeonato do Mundo organizado na África do Sul valeu-lhe a nomeação para o comité antirracismo da FIFA.

O sul-africano é o quinto candidato oficial à sucessão de Joseph Blatter, juntando-se ao príncipe Ali Bin Al Hussein, ao xeque Salman bin Khalifa al Ebrahim, a Gianni Infantino e Jerome Champagne.

Nunca nenhum africano presidiu à FIFA nos seus 111 anos de história.

A votação para a sucessão do suíço Joseph Blatter, afastado na sequencia dos escândalos financeiros e dos casos de corrupção que abalaram a estrutura da FIFA no último ano, decorrerá a 26 de fevereiro, em Zurique, na Suíça.