António Costa inaugurou esta terça-feira o novo escritório da Uniplaces, a startup que em novembro de 2015 angariou 22 milhões de euros em investimento de capital de risco e emprega atualmente cerca de 130 colaboradores. Foi na nova sede da empresa, em Lisboa, que o primeiro-ministro apresentou a estratégia nacional para o empreendedorismo, o programa Startup Portugal.

Com esta iniciativa, o Governo quer “derrubar todas as barreiras que surjam à concretização de ideias”, reconhecendo que “é preciso criar condições para atrair capital, pessoas, talento, para abrir mercados, para criar condições que permitam testar” as ideias.

É preciso dar oportunidade às ideias. O trabalho que a Uniplaces foi fazendo na Startup Lisboa, eu fui fazendo ao lado. Eles estiveram na Startup Lisboa a incubar a empresa e eu aproveitei a Startup Lisboa para incubar várias ideias”, afirmou o primeiro-ministro.

A Uniplaces foi uma das primeiras empresas a integrar a Startup Lisboa, em 2011, a incubadora que nasceu do orçamento participativo da Câmara Municipal de Lisboa, na altura presidida por António Costa. Na inauguração, o primeiro-ministro afirmou que quer fazer do Startup Portugal o mesmo que fez com a incubadora da Rua da Prata. “Queremos criar um grande país de empreendedores, onde cada ideia tenha oportunidade de se realizar”, afirmou.

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Ressalvando que é preciso “derrubar barreiras e dar liberdade para que as ideias possam florescer”, António Costa explicou que cada uma das 15 medidas incluídas no programa Startup Portugal visa tornar boas ideias em boas empresas. “É por isso que o ecossistema criado em Lisboa tem de se reproduzir no país”, disse.

A inauguração do escritório da Uniplaces – plataforma online dedicada ao alojamento de estudantes universitários – contou, ainda, com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o secretário de Estado para a Indústria, João Vasconcelos, e do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. A empresa foi fundada em 2012 por três colegas universitários: Miguel Santo Amaro, Mariano Kostelec e Ben Grech.

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António Costa a discursar no no novo escritório da Uniplaces, com os fundadores

O secretário de Estado da Indústria e ex-diretor da Startup Lisboa, João Vasconcelos, afirmou que a Uniplaces provava que era possível algo que ainda não tinha acontecido no país: lançar uma empresa global a partir de Portugal.

“Os fundadores são de países diferentes e podiam ter escolhido qualquer cidade para lançar a Uniplaces. E escolheram Lisboa, a meio da grande crise que Portugal viveu”, afirmou. João Vasconcelos adiantou que a empresa representava uma “nova geração de empreendedores, com ambição global, com respeito pelo ambiente, pela criatividade e pela inovação” e que representava, também por isso, “uma nova economia em Portugal”.