O ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, anunciou esta quinta-feira que Salah Abdeslam vai ser extraditado para França, duas semanas após a sua detenção durante uma ação policial em Molenbeek, Bruxelas. As condições e a data da transferência para o país ainda não foram divulgadas, uma vez que o principal suspeito dos atentados de Paris ainda está a ser interrogado pelas autoridades pelos ataques em Bruxelas e Zaventem.

Antes de ser conhecida a decisão do tribunal de Bruxelas, o advogado de Abdeslam, Cedric Moisse, já havia revelado o desejo do seu cliente em “colaborar com as autoridades francesas”. “Confirmo que Salah Abdeslam quer ser entregue às autoridades francesas”, disse à saída de uma audiência na câmara do conselho do tribunal de recurso de Bruxelas. O mandado de detenção europeu foi emitido contra o suspeito pela França.

“Como Salah Abdeslam declarou aceitar ser transferido para a França, o magistrado levou a sua declaração formal hoje. A transferência é possível”, disse a promotoria federal belga em citação da BBC. “As autoridades belgas e francesas vão agora decidir em conjunto como vai acontecer a transferência”, explicaram.

Segundo descreve o jornal Le Monde, Salah Abdeslam não esteve presente na audiência.

O único suspeito vivo dos atentados de Paris esteve escondido durante quatro meses em Bruxelas. A sua detenção aconteceu quatro dias antes dos atentados que mataram 32 pessoas na capital belga.

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