Os preços baixos do petróleo que se registaram no início de 2016, na altura mínimos de mais de 12 anos, não deverão repetir-se nos próximos tempos. A Agência Internacional de Energia (AIE) diz que “não há dúvida” de que está a existir um reequilíbrio da oferta e da procura (sobretudo pela descida da oferta) e que, por essa razão, o excedente mundial de crude irá contrair-se para valores que fazem acreditar numa estabilização ou subida dos preços.

Num relatório divulgado esta quinta-feira pela AIE, a organização independente antecipa que o mercado petrolífero global vai “mover-se no sentido do equilíbrio” na segunda metade do ano. Uma expectativa fundamentada, sobretudo, nos sinais de que os preços baixos que se sentiram nos últimos meses estarão a contribuir para baixar a produção petrolífera pelos países não pertencentes à Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Adeus aos preços baixos do petróleo

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Os preços do petróleo já se afastaram dos mínimos tocados no início do ano. E a AIE diz que “não há dúvida” que o mercado caminha no sentido do reequilíbrio.

Em particular, a AIE acredita que está a cair a produção por parte dos produtores norte-americanos que exploram o petróleo e gás de xisto (shale oil/gas). E, por outro lado, o regresso do petróleo iraniano ao mercado está a enfrentar alguns obstáculos no terreno, apesar do levantamento das sanções internacionais ao Irão.

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“Não há dúvidas sobre qual é a trajetória do equilíbrio oferta-procura. Há sinais de que está a ganhar ímpeto a descida, muito antecipada, da produção de petróleo leve nos EUA”.

Na segunda metade de 2016, o excedente de petróleo vai diminuir para 200 milhões de barris por dia. Uma fração dos 1.500 milhões de barris que estão a ser produzidos em excesso, em média, neste primeiro semestre.

As evidências de que o mercado está a deixar de estar tão inundado de petróleo já levaram o preço do petróleo a recuperar mais de 30% face aos mínimos do ano. Além disso, as últimas notícias sugerem que os países da OPEP poderão, em breve, começar eles próprios a produzir menos – se se confirmar que será possível chegar a um acordo com a Rússia para reduzir a produção.