O ex-presidente do Benfica Vale e Azevedo foi libertado esta terça-feira da prisão da Carregueira, pelas 8h37. O advogado fica em liberdade condicional depois de ter cumprido três anos e sete meses de prisão, correspondentes a cinco sextos da pena a que foi condenado.
O ex-presidente do Benfica entre 1997 e 2000 já tinha beneficiado de duas saídas precárias em 2016: uma com a duração de três dias e uma segunda por um período de quatro dias.
A pena de liberdade condicional não permite ao ex-dirigente do Benfica ausentar-se mais de cinco dias sem autorização do Tribunal de Execução de Pena. A cada seis meses o Instituto de Reinserção Social fará a reavaliação do arguido.
A advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, afirma que o seu cliente se irá informar sobre a possibilidade de retomar a sua atividade de consultadoria financeira. Luísa Cruz adiantou que há clientes interessados nos serviços de consultadoria prestados pelo ex-presidente do Benfica.
João Vale e Azevedo recusou-se a responder a questões dos jornalistas, à saída da prisão da Carregueira.
O ex-dirigente benfiquista esteve em prisão preventiva antes de ser conhecida a sua sentença.
Vale e Azevedo cumpre pena ao abrigo da extradição para Portugal, depois de ter sido detido em Inglaterra em 2012. O cúmulo jurídico de 11 anos e meio foi fixado com as condenações nos processos Ovchinnikov, Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria, por crimes de burla, entre outros ilícitos de natureza económica e financeira.
“Juridicamente, ele está sob a alçada das autoridades inglesas e só com autorização das autoridades inglesas é que poderá ser feito qualquer julgamento ou ser aplicada qualquer medida de coação que implique uma nova detenção”, afirmou Luísa Cruz.
Apesar de Vale e Azevedo ter pendente uma outra condenação de 10 anos de prisão, já transitada em julgado, a sua advogada explicou que as autoridades portuguesas terão de pedir aos tribunais ingleses a “ampliação” da extradição para cumprimento da nova pena.
Luísa Cruz, que falava após o antigo presidente do Benfica ter deixado o Estabelecimento Prisional da Carregueira, acompanhado da sua mulher, mostrou-se confiante de que o seu constituinte não volte a cumprir pena de prisão.