As subsidiárias norte-americanas do banco alemão Deutsche Bank e do espanhol Santander chumbaram no teste anual de stress da Reserva Federal (Fed), devido a falhas nos planos de capital e gestão de risco.
O Fed deu uma aprovação condicionada à remuneração acionista do Morgan Stanley e aprovou os planos de distribuição de capital de outras 30 instituições financeiras.
O Santander Holdings USA falhou a avaliação do banco central americano pela terceira vez consecutiva e o Deutsche Bank Trust Corporation pelo segundo ano.
Na semana passada, o Fed anunciou que os 33 bancos considerados sistémicos para o sistema financeiro, ou seja “demasiado grandes para falir”, tinham passado nos aspetos quantitativos do teste de ‘stress’, o que significa que considerou que tinham capital suficiente para aguentar um grande choque económico, como uma recessão grave.
No entanto, o Fed disse esta quarta-feira que detetou, nos resultados finais do teste, falhas significativas no que respeita aos aspetos “qualitativos” de retorno de capital aos acionistas propostos pelo Santander e pelo Deutsche Bank, considerando que se baseavam em pressupostos que “não eram razoáveis nem apropriados”.
A consequência imediata desta decisão é bloquear qualquer tipo de distribuição de capital dos dois bancos.
O Morgan Stanley pode faze-lo, mas terá de resolver as falhas identificadas num período de seis meses. Se não conseguir cumprir as recomendações neste prazo, o Fed pode bloquear distribuições adicionais.
O Fed considerou que o facto de a grande maioria das instituições ter recebido aprovação mostra as vantagens dos requisitos de capital impostos pelo banco central americano desde a crise financeira de 2008.