A Triumph está a preparar a venda da sua fábrica de Sacavém de roupa interior feminina a uma empresa suíça, disse esta terça-feira fonte oficial do grupo alemão à agência Lusa.

“A venda próxima” está a ser preparada e “as partes envolvidas estão a trabalhar em estreita colaboração para que a transferência total da fábrica seja finalizada até final de 2016”, explicou também a mesma fonte.

No caso de o acordo de venda da fábrica de Sacavém da Triunfo Internacional – Sociedade de Têxteis e Confecções (Triumph Portugal) se materializar nos moldes previstos, a empresa suíça prevê “manter todos os colaboradores e a atual equipa de gestão da fábrica de Sacavém”, disse.

O comprador suíço pretende criar um modelo de negócio de ‘nearshoring’ (produção para outros mercados) de roupa interior na unidade de produção de Sacavém, explicou ainda a fonte oficial da Triumph, lembrando que a fábrica emprega, atualmente, cerca de 500 colaboradores.

A gestão da fábrica está, atualmente, a negociar as próximas fases do processo, mantendo a estreita colaboração com os representantes dos trabalhadores, sindicatos e as entidades oficiais, sendo que a confirmação da transação será anunciada após a finalização e assinatura do contrato.

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“A Triumph comprometeu-se [ainda] a um período de encomendas de produção à fábrica de Sacavém após a conclusão da venda, permitindo, deste modo, a que a empresa adquirente possa estabelecer uma base para o seu novo modelo de negócio”, salientou.

O grupo alemão continua “comprometido com o sucesso do negócio de retalho em Portugal” e mantém em Lisboa a sua unidade de marketing e vendas para coordenação de todas as respetivas atividades no mercado português.

A decisão do grupo Triumph de vender a fábrica em Portugal, a única na Europa, insere-se na estratégia de longo prazo da empresa para otimizar a sua cadeia de fornecimento a nível mundial.

Ao longo de cerca de um ano, os trabalhadores da Triumph fizeram diversas ações de luta. A 17 de dezembro de 2015 concentraram-se no Largo Real do Forte, em Loures, contando com a presença do presidente da Câmara Municipal, Bernardino Soares.

No início de maio realizaram uma marcha lenta entre a praça Luís de Camões e a Assembleia da República com uma paragem no Ministério da Economia, em Lisboa.

Em causa tem estado a possibilidade de o grupo alemão, que comercializa roupa interior, fechar a sua fábrica em Sacavém, no concelho de Loures, caso o processo de venda não viesse a ser bem-sucedido.