Quarenta e um corpos de presumíveis imigrantes foram encontrados no sábado, numa praia líbia, anunciou neste domingo um oficial da cidade costeira de Sabratha. Os corpos, encontrados por um grupo de voluntários, foram transportados para a morgue, para realização dos testes de ADN, disse o oficial.

“Pensamos que se tratam das pessoas que se afogaram há cinco ou seis dias”, acrescentou aquele elemento das autoridades, que se escusou a ser identificado. Disse ainda que, normalmente, são encontrados um ou dois corpos por dia, e que 41 num só dia é “um número excecionalmente alto”. O grupo de voluntários que encontrou os corpos foi treinado na cidade de Sabratha, em meados de julho, para procurar vítimas de traficantes de pessoas, informou a mesma fonte.

A emigração ilegal na Líbia é mais elevada nos meses de verão, porque é quando o Mediterrâneo está mais calmo e os traficantes aproveitam para levar os imigrantes desesperados em barcos pouco seguros. Os contrabandistas aproveitam o caos da Líbia desde 2011, o ano em que o ditador Muammar Kadhafi foi derrubado e morto, para impulsionar o seu negócio lucrativo.

Levam os emigrantes em barcos pequenos e inseguros em perigosas viagens para Itália, que fica a apenas 300 quilómetros (190 milhas) da costa líbia. Mais de 10.000 emigrantes com destino à Europa, na maioria africanos e subsarianos, morreram ou desapareceram no Mediterrâneo desde 2014, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

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