Cada cidade é diferente e tem o seu próprio ecossistema empreendedor e criativo. Foi com base nesta premissa que Sissel Hansen criou o conceito dos Startup Guides, em Berlim. O primeiro, dedicado ao ecossistema desta cidade alemã, foi lançado em 2014 e rapidamente foram vendidas três mil cópias em cerca de 30 livrarias. Seguiram-se os Startups Guides de Aarhus e Copenhaga, na Dinamarca, e de Estocolmo, na Suécia, dois países que entraram definitivamente no cenário empreendedor nos últimos anos.

Chegou a vez de Lisboa. O lançamento do Startup Guide Lisbon coincide com o maior evento de tecnologia, empreendedorismo e inovação que a capital acolhe entre 7 e 10 de novembro – o Web Summit. Mais razões para criar um guia dedicado a Lisboa? Paddy Cosgrave, fundador do evento, afirmou ao Observador, em fevereiro deste ano, que Lisboa era um “íman para atrair talento”.

O livro é, essencialmente, um guia prático em inglês para quem quer lançar-se no desafio de investir em Lisboa ou criar uma startup. Dicas, recomendações, exemplos e estudos de caso preenchem as páginas num layout também ele inovador e criativo. É dado destaque a startups lisboetas, empreendedores, ao próprio ecossistema lisboeta e há ainda um capítulo prático ao estilo “How to”.

A edição lisboeta do Startup Guide é coordenada pela Beta-i e conta com os apoios da Câmara Municipal de Lisboa, da Microsoft e da SAP.

No livro, Jason Nadal, Lead Evangelist da Microsoft Portugal, lança pistas sobre “dos and don’ts” de uma startup: encontrar um mentor, pensar no “todo” e ser interativa, envolvendo a comunidade e obtendo feedback contínuo, fazem parte da lista “a fazer”; não entrar no mercado sem estar preparada, não reter o foco em apenas um cliente e não ser humilde são grandes “don’ts” a não seguir.

Na opinião de Jason Nadal, há três passos que todas as startups devem percorrer desde a ideia até se tornarem uma scale-up: em primeiro lugar, há que provar o potencial da ideia e confirmar se há um mercado para ela; assegurar uma equipa “fora da caixa” é essencial para uma startup que quer também ela impor-se no mercado da inovação; por último, compreender as necessidades num espaço de três a seis meses e ter a equipa preparada para implementar as respetivas soluções.

A Microsoft tem já um legado de apoio ao ecossistema empreendedor português, através de parcerias em iniciativas como estas, mas sobretudo através do programa Microsoft Ativar Portugal Startups, que já apoiou mais de 130 startups. O acesso ao pacote BizSpark, que inclui software, serviços, suporte tecnológicos e a cloud Azure gratuitamente durante três anos, é um dos benefícios, de que várias startups impostas no mercado, como a Storyo, a Tripaya ou a Tradiio já usufruíram. A nível global, a Microsoft promove sete aceleradores de empresas e está um passo à frente na área da Internet das Coisas, que está a já a ditar o presente do ecossistema lisboeta.

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