Já na anterior geração foi determinante para o seu construtor, por ter sido o primeiro Mini de quatro portas, com um amplo portão traseiro e tracção às quatro rodas, argumentos que muito terão contribuído para vendas superiores a 540 mil exemplares.
Agora, o novo Mini Countryman é anunciado como o maior e mais versátil modelo de sempre dos 57 anos de história da marca britânica, cabendo-lhe ainda a tarefa de incluir na sua gama o primeiro híbrido plug-in da Mini. Pronto para se estrear em público a 18 de Novembro, no Salão de Los Angeles, tem início de comercialização marcado para Fevereiro de 2017.
Mais uma vez, esta é uma proposta que se destaca na oferta da Mini, desde logo pela sua aparência exterior muito própria que, não deixando de o identificar de imediato com um Mini, também conta com alguns elementos exclusivos. As linhas exteriores proporcionadas, robustas e atléticas, são marcadas pela grelha hexagonal, pelos faróis dianteiros mais quadrangulares (e não redondos, como nas restantes versões do modelo, podendo, em opção, ser integralmente por LED), pelos farolins traseiros dispostos verticalmente e pelo formato específico do tejadilho e respectivas barras.
Assumindo-se como um automóvel totalmente novo, o Countryman da nova geração cresceu de forma significativa, em todos os sentidos, como tem sido apanágio de todos os novos Mini. Face ao seu antecessor, é 200 mm mais comprido (4299 mm) e 30 mm mais alto (1822 mm), para uma altura de 1557 mm, além de contar com uma distância entre eixos 75 mm mais longa (2670 mm, a mesma da versão Clubman).
Por aqui se percebe que uma das grandes apostas da Mini com o novo Countryman passa pela versatilidade e pela funcionalidade. Não só o espaço interior promete ser muito mais generoso (em especial o disponibilizado às pernas de quem segue atrás), como os bancos traseiros contam com regulação longitudinal (130 mm) e das costas, e podem ser rebatidos na proporção 40/20/40.
Ao mesmo tempo, o transporte dos pertences dos passageiros também não foi esquecido. Existem vários espaços para a arrumação de objectos no habitáculo, ao passo que a capacidade da bagageira varia entre 450 litros e 1390 litros, o que representa um crescimento superior a 220 litros relativamente ao anterior modelo. De série, o compartimento de bagagens conta com piso de altura variável, olhais de fixação, cabos tensores e revestimento da soleira em aço inoxidável. Sendo propostos, como opção, o portão traseiro de funcionamento eléctrico com função mãos-livres, bem como um inédito banco de piquenique desdobrável, destinado a ser montado sobre a soleira do portão traseiro, que permite que duas pessoas no mesmo se sentem viradas para o exterior.
Ainda no interior, referência para o facto de o novo Countryman ser o primeiro Mini a contar com um ecrã central táctil, desde que equipado com a (opcional) versão mais evoluída do sistema de infoentretenimento. Neste caso, e caso se opte, também, pelo pack Wired, são oferecidas várias soluções de conectividade da nova geração, e ainda uma funcionalidade exclusiva do Countryman: o chamado Country Timer, que regista o tempo de condução realizado em pisos que não o asfalto.
Também no domínio da electrónica, o modelo conta de série com os habituais dispositivos destinados a aumentar a segurança activa, passiva, e ainda com o alerta de colisão com travagem de emergência. Da lista de opções fazem parte o sistema Driving Assistant (integra o cruise control activo, o alerta de peões com assistente de travagem, o assistente de máximos e o sistema de leitura de sinais de trânsito), os sensores e a câmara de estacionamento, o sistema de auxílio ao estacionamento e o head-up display.
Como é da praxe, a Mini promete que o novo Countryman oferecerá um desempenho dinâmico sem igual no seu segmento. Contando para isso, desde logo, com trunfos como as evoluídas suspensões (MacPherson na frente e multilink atrás, estando o amortecimento activo DDC disponível como opção), motores e caixas de velocidades da nova geração e um sistema de tracção integral optimizado. Proposto, como opção, com todos os motores de combustão, o sistema All4, com embraiagem multidisco de controlo electrónico integrado com o do controlo de estabilidade DSC, é anunciado como mais rápido e preciso, e também mais eficiente e compacto, pesando não mais do que 80 kg.
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São quatro as versões do novo Countryman equipadas com motores de combustão interna. O Cooper Coutryman monta o três cilindros turbocomprimido de 1,5 litros com 136 cv e 220 Nm, pesa 1365 kg, alcança uma velocidade máxima de 202 km/h, cumpre os 0-100 km/h em 9,6 segundos e anuncia um consumo combinado de 5,7 l/100 km. Já o Cooper S Countryman é animado pelo quatro cilindros de 2,0 litros com 192 cv e 280 Nm, pesa 1430 kg, atinge 225 km/h de velocidade máxima, os 0-100 km/h são aqui cumpridos em 7,5 segundos e o consumo médio é de 6,3 l/100 km.
A oferta a gasóleo é composta por duas versões do motor 2.0 turbodiesel, que no Cooper D Countryman, que pesa 1405 kg, disponibiliza 150 cv e 330 Nm, permitindo-lhe alcançar 208 km/h de velocidade máxima, cumprir os 0-100 km/h em 8,9 segundos e anunciar um consumo misto de 4,5 l/100 km. Por fim, o Cooper SD Countryman conta com 190 cv e 400 Nm, pesa 1465 kg, atinge 220 km/h de velocidade máxima, cumpre os 0-100 km/h em 7,7 segundos e anuncia um consumo combinado de 4,8 l/100 km.
De referir, ainda, que todos os Countryman da nova geração propulsionados por motores térmicos propõem, de série, uma caixa manual de seis velocidades, à excepção do Cooper SD, disponível apenas com caixa automática de oito relações. Esta mesma caixa é opcional nos Cooper S e Cooper D, estando a opção de transmissão automática no Cooper a cargo de uma caixa de seis velocidades. De série, as jantes são de 16” nos Cooper e Cooper D, e de 17” nos Cooper S e Cooper SD.
Countryman vai ter o primeiro híbrido plug-in da Mini
A grande novidade da mais recente criação da Mini é mesmo o Cooper S E Countryman, o seu primeiro híbrido plug-in. O seu grupo motopropulsor combina o motor de três cilindros e 1,5 litros a gasolina, com 136 cv e 220 cv, com um motor eléctrico síncrono de 88 cv e 165 Nm, para um rendimento combinado de 224 cv e 385 Nm. Ou seja, este é, ao mesmo tempo, o Coutryman mais “ecológico”, menos gastador e mais performante da família: não obstante pesar 1660 kg, anuncia emissões de CO2 de 49 g/km, um consumo médio de 2,1 l/100 km e 6,9 segundos nos 0-100 km/h.
O sistema de propulsão funciona segundo o mesmo princípio já conhecido do i8, com o motor de combustão a transmitir a sua potência às rodas dianteiras através de uma caixa automática Steptronic de seis velocidades modificada, e o eléctrico, instalado na traseira, a accionar o eixo posterior por via de uma transmissão de relação única de duplo estágio – o que, desde logo, garante a tracção integral.
Os componentes provêm da tecnologia eDrive do Grupo BMW, incluindo a bateria de iões de lítio de alta voltagem, com cinco módulos de 16 células cada e 7,6 kWh de capacidade. Instalada à frente do motor eléctrico, sob o banco traseiro, junto ao depósito de gasolina, obrigou a que capacidade deste último fosse reduzida para 35 litros (51 litros nas versões com motor térmico), e que a capacidade da mala varie aqui entre 405 litros e 1275 litros. O seu carregamento é feito através de um cabo que se liga a uma tomada instalada no guarda-lamas dianteiro esquerdo, demorando 2h15m numa Wallbox ou posto de carregamento de 3,6 kW, e 3h15m numa tomada de corrente doméstica.
Os principais destinatários deste Cooper S E Countryman serão, segundo a Mini, os utilizadores urbanos, que pretendem usufruir da sua autonomia eléctrica de 40 km nas suas deslocações diárias, com reduzidos custos em combustível e um mínimo de emissões nocivas, e, ao mesmo tempo, são amantes das viagens mais longas nos seus momentos de lazer. Para isso, o modelo oferece três modos de funcionamento: Auto eDrive (o motor eléctrico é o único utilizado até aos 80 km/h, entrando o motor de combustão em funcionamento acima desta velocidade, quando é maior a carga sobre o acelerador ou a carga da bateria é inferior a 7%), Max eDrive (o princípio é o mesmo do Auto eDrive, mas aqui o motor eléctrico propulsiona o veículo até aos 125 km/h) e Save Battery (o veículo é animado apenas pelo motor a gasolina, mantendo o sistema a carga da bateria acima dos 90%, ou levando-a até este valor através do gerador e da travagem regenerativa).
Com a mesma altura ao solo de 165 mm, o Countryman híbrido promete oferecer a mesma eficácia e o mesmo divertimento ao volante das restantes versões da gama. Visualmente, pode ser identificado pelo logo “e” existente nos guarda-lamas dianteiros, pelo “S” em amarelo presente no emblema identificativo desta variante, instalado na grelha, na traseira e nas soleiras das portas, e pelo botão start/stop também em amarelo. Ainda no interior marcam presença os mostradores específicos, ilustrativos do funcionamento do sistema híbrido, sendo de referir o facto de, quando equipado o modelo com sistema de navegação, e estando a orientação activada, o sistema de gestão energética do Cooper S E Countryman ser capaz de optimizar o consumo energético, funcionando no modo eléctrico sempre que possível e antecipando a melhor estratégia em função do traçado que se lhe depara.