Os procuradores brasileiros encarregados do inquérito em torno do escândalo Petrobras foram distinguidos com o “Prémio anticorrução 2016” pela organização Transparência Internacional, anunciou a organização não-governamental no sábado.
“Se não tivéssemos trabalhado juntos, nunca teríamos chegado tão longe”, disse Deltan Dallagnol, coordenador do Ministério Público que conduziu a investigação Lava Jato, quando recebeu o prémio, no Panamá, no âmbito da 17ª Conferência anticorrupção organizada pela Transparência Internacional. Dallagnol dedicou o prémio a “todos os brasileiros que se sentem impotentes contra a corrupção”.
Segundo a Transparência Internacional, o caso Petrobras é “um dos principais escândalos de corrupção do mundo”, o que levou a “penas muito severas contra alguns muito poderosos membros das elites económicas e políticas do Brasil”.
O escândalo Petrobras levou à queda de Eduardo Cunha, agora ex-presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, e de Marcelo Odebrecht, ex-CEO da construtora com o mesmo nome.
Como parte desta investigação com muitas ramificações, 118 pessoas já foram condenados a um total de 1.256 anos de prisão, refere o comunicado da Transparência Internacional, ao anunciar o prémio.