Os pais dos seis estudantes universitários que morreram em 2013 depois de serem arrastados por uma onda na praia do Meco, em Sesimbra, avançaram com ações cíveis contra João Miguel Gouveia, o único sobrevivente da tragédia, e a Universidade Lusófona no valor de 150 mil euros por cada vítima, avança o Correio da Manhã.

Ao jornal, António Soares, pai de Catarina Soares, uma das vítimas, explicou que o que importa na ação não não é o dinheiro. “Esta é a única forma de ouvir o João Miguel Gouveia, que nunca nos disse nada ao longo destes três anos de sofrimento.” Caso se mantenha em silêncio, o ex-dux arrisca-se a ter de pagar um total de 900 mil euros.

João Miguel Gouveia é o único sobrevivente de um grupo de sete jovens que, na madrugada de 15 de dezembro de 2013, foram arrastados por uma onda no Meco. O grupo tinha alugado uma casa na zona para passarem o fim de semana.

O processo foi arquivado em março do ano passado pelo Tribunal de Setúbal depois de ter considerado que não havia indícios de crime. De acordo com o tribunal, não existiam provas de que o ex-dux tenha “sujeitado, pelo menos conscientemente, os colegas falecidos a um perigo que não pudessem eles próprios avaliar e evitar”. A decisão foi posteriormente confirmada pelo Tribunal da Relação de Évora, em janeiro deste ano.

Na altura, Vitor Parente Ribeiro, advogado dos familiares das seis vítimas, anunciou que iriam “avançar com seis ações de responsabilidade civil – uma por cada um dos alunos que morreram – contra o João Gouveia e contra a universidade”. “Nessas ações, uma das diligências de prova essenciais, que vamos pedir, é a tomada de declarações de João Gouveia, enquanto réu no processo cível”, disse à Agência Lusa.

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