Apesar de estar ainda a recuperar do fim da parceria com a francesa Renault, a qual optou por assumir sozinha o desafio chamado Alpine, a Caterham, pequeno fabricante automóvel britânico que tem no Seven o seu modelo mais conhecido, continua decidida a contar na sua gama com um modelo desportivo mais convencional, capaz de dar à companhia maior projecção. Não apenas em termos de notoriedade, mas principalmente na componente comercial, e financeira.
A confirmação desta intenção foi dada pelo CEO da Caterham, Graham MacDonald, em entrevista à Autocar. Salientando que, ao contrário dos Seven, o veículo terá de exibir uma carroçaria esteticamente mais mainstream, totalmente fechada e moderna, de forma a agradar a um maior número de consumidores.
Por outro lado e depois do fim do projecto Caterham C120, uma espécie de “irmão gémeo” do Alpine A 120, é também certo que o futuro modelo terá de recorrer não só a uma plataforma partilhada com outro construtor, como também a um motor. Sendo que, embora a actual geração Seven utilize motores Ford, a preferência do responsável máximo da Caterham é que a solução passe por um outro bloco, naturalmente aspirado.
Graham MacDonald revela ainda que as preferências da marca que dirige passam também por um modelo de motor posicionado à frente e tracção traseira. Isto apesar de, no projecto com a Renault, a Caterham ter acedido a desenvolver um carro com motor em posição central. Aliás, como a separação entre o fabricante britânico e a marca francesa aconteceu de forma amigável, pode não estar totalmente posta de parte a possibilidade da Caterham dar continuidade ao projecto C120, recorrendo inclusivamente a componentes adquiridos junto da Renault.
Graham MacDonald também garantiu que, a surgir, o novo modelo terá como objectivo ampliar a oferta da Caterham, e não substituir o Seven, modelo que, em 2017, cumpre 60 anos de existência.