A Caterham Cars é um dos últimos representantes da tradicional indústria automóvel inglesa, em que abundavam os pequenos construtores especializados em veículos desportivos. A vocação da Caterham é propor, por valores acessíveis, modelos rápidos e muito eficientes em termos de comportamento, conseguindo manter o peso baixo e evitar tecnologias sofisticadas. O fabricante pertencia desde 2011 ao empresário malaio Tony Fernandes, que chegou a militar na F1, que entretanto a terá vendido à VT Holdings, desde 2009 o importador da Caterham para o Japão.

Este construtor produz desde 1973 o Caterham Seven, que não é mais do que uma ligeira evolução de um outro Seven, que a Lotus fabricou a partir de 1957 e durante 16 anos. Apesar da mudança de fabricante, a receita continuou a mesma, com um chassi simples e tubular revestido a alumínio e fibra, suspensões independentes com triângulos sobrepostos à frente e eixo rígido de Dion atrás – ou independente nas versões CSR, mais potentes e caras –, um peso de apenas 575 kg e o motor colocado bem atrás do eixo dianteiro, para melhor equilíbrio.

Por 53.203€, o novo Super Seven 1600 monta um motor com 1596 cc e 139 cv, magra potência mas que, ainda assim, permite ao mais barato dos Caterham atingir 100 km/h em somente 5,0 segundos, um valor muito respeitável. A velocidade é de apenas 196 km/h, uma vez que a aerodinâmica não é o ponto forte do desportivo inglês, ao contrário do comportamento.

A versão mais desportiva e cara do Caterham é a 485 CSR, à venda entre nós por 79.469€, montando um motor 2.0 atmosférico com 240 cv, o que baixa o 0-100 km/h para uns impressionantes 3,4 segundos, garantindo uma velocidade máxima de 225 km/h.

Apesar da anunciada mudança de dono, revelada pela publicação Piston Heads mas ainda não confirmada pelo construtor, a produção continuará a ser realizada em Inglaterra. Resta esperar que seja finalmente desta que o fabricante reúna condições para avançar com a passagem do protótipo AeroSeven para a produção em série.

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