A missão de Marco Silva é, no mínimo, hérculea. Porquê? Simples: é que o Hull City, clube que o treinador português assumiu esta quinta-feira, é último classificado da Premier League, o plantel à disposição é um dos mais fracos em Inglaterra — “safam-se” o camisola dez Snodgrass e o ponta-de-lança Abel Hernández — e o calendário não é amigo de Marco logo a abrir. Nas próximas quatro jornadas, e depois de receber o Bournemoth em Kingston Upon Hull, os tigers terão que jogar fora com o líder Chelsea, o Manchester United de José Mourinho e o Arsenal.
???? | Marco Silva is the new @HullCity Head Coach. Full story: #WelcomeMarco ????????#BemvindoMarcohttps://t.co/xeOZ3Y0kCn
— Hull City (@HullCity) January 5, 2017
Curiosamente, do que mais se fala na imprensa inglesa (e concretamente no jornal The Mirror) quando o assunto é Marco Silva, não é tanto o que este terá que fazer doravante no Hull, mas antes o que descobrem no seu currículo. Sim, fez carreira como defesa-central no Estoril, arrumaria lá as botas, foi diretor desportivo primeiro e treinador depois. A coisa correu-lhe bem e chegaria a um “grande”, o Sporting.
Aí, e depois de vencer a Taça de Portugal, Marco Silva foi despedido por justa causa. As razões, defenderia o Sporting, são três: uma delas relacionada com a falta injustificada do treinador a uma reunião com o presidente Bruno de Carvalho; outra, quando Marco Silva ignorou uma ordem da direção e pôs Marcos Rojo a jogar; por fim, e numa eliminatória da Taça de Portugal contra o Vizela, Marco Silva não utilizou o fato oficial do clube. “O que quer que aconteça no Hull City, não há nenhuma forma de o próximo treinador dos tigers ser despedido de uma forma tão absurda como esta”, lê-se no The Mirror.
O melhor será Marco Silva seguir a sugestão do ilustrador Luís Rodrigues, autor da página de Facebook “As minhas insónias em carvão” e, até quando vestir fato-de-treino, usar igualmente uma “gravatinha”. Pelo sim, pelo não.