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Dilma Rousseff convoca mulheres brasileiras a lutarem contra o fim das políticas de género

Este artigo tem mais de 5 anos

Dilma Rousseff pediu que as mulheres brasileiras combatam o desmantelamento de políticas de combate à discriminação de género que ela disse ter lançado no seu Governo.

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AFP/Getty Images

AFP/Getty Images

A ex-Presidente do Brasil Dilma Rousseff pediu, esta quarta-feira, que as mulheres brasileiras combatam o desmantelamento de políticas de combate à discriminação de género que ela disse ter lançado no seu Governo (2011-2016).

A antiga chefe de Estado brasileira — deposta pelo Congresso em agosto do ano passado depois de ser considerada culpada por irregularidades na gestão das contas públicas — acusou o Governo do seu sucessor e antigo vice-presidente, Michel Temer, de acabar com várias das iniciativas lançadas para combater a violência e a discriminação contra as mulheres.

No Brasil marcharam hoje na resistência contra o desmantelamento das políticas criadas nos governos democráticos, com a ampla participação das mulheres”, disse num vídeo colocado no Facebook, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

De acordo com Dilma Rousseff, as políticas que o novo Governo quer supostamente suprimir foram projetadas para combater a violência de género, promovendo a capacitação económica das mulheres para garantir os seus direitos sociais.

Vamos lutar e resistir ao golpe. Lutar pela democracia que construímos com a participação de nós mulheres como protagonistas, conscientes do nosso papel histórico” disse Dilma Rousseff, primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil.

Também num vídeo divulgado no Facebook, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antecessor e padrinho político de Dilma Rousseff, disse que a mobilização das mulheres não é apenas contra a violência, mas também contra a insegurança do emprego e desigualdades salariais.

Fomos criados em uma sociedade machista que subestima as mulheres. Não é justo que uma mulher ganhe menos do que um homem exercendo a mesma função. Não é justo, que o Governo elimine os direitos conquistados com muito esforço, como é o caso das reformas”, disse.

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