O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva disse esta terça-feira que está “pronto” para ser candidato nas próximas eleições presidenciais, a realizar em 2018, e que os seus “adversários estão muito nervosos”.
“Quero dizer que, se necessário, se o Partido dos Trabalhadores (PT) precisar eu estou disposto a voltar a disputar para ser Presidente”, disse ele numa entrevista à rádio Meio Norte, do Estado brasileiro do Piauí. A declaração acontece um dia depois de Lula da Silva ter sido citado num depoimento de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora Odebrecht, ao juiz Sérgio Moro.
Neste depoimento, o executivo disse que pagou 13 milhões de reais (3,9 mil milhões de euros) em subornos destinados ao ex-Presidente. Na entrevista à radio Meio Norte, Lula da Silva foi questionado sobre o assunto, e o ex-Presidente defendeu-se, reafirmando que continua a ser perseguido e que não há provas contra ele.
“Eu estou há três anos ouvindo falar no meu nome, estou ouvindo falar sobre mim em vazamentos todo santo dia, toda santa hora (..) Eu duvido que tenha algum empresário neste país, seja entre aqueles que estão presos ou entre os que estão soltos, que possa falar que um dia o Presidente Lula pediu cinco centavos para eles”, afirmou.
“Eu já tive a minha conta bancária investigada, a minha vida investigada. Eu só quero a oportunidade de prestar um depoimento e me defender(…) O que não dá é para você ter que dizer todo santo dia algo sobre vazamentos mentirosos”, completou.
Atualmente Lula da Silva é investigado em cinco ações relacionadas com a Operação Lava Jato, que investiga crimes cometidos na petrolífera estatal brasileira Petrobras e noutros órgãos públicos do Brasil.