O Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, vai ser alvo de “diversas intervenções ao longo do ano” e está previsto “uma intervenção de manutenção do palco”, após o verão, disse à agência Lusa fonte oficial.
“Está planeada para este ano, após o verão, uma intervenção de manutenção do palco do TNSC [e] estão ainda previstas diversas intervenções ao longo do ano respeitantes a diversas especialidades”, lê-se no comunicado do teatro lírico enviado à agência Lusa.
Questionado sobre o orçamento das obras previstas, sobre as áreas que vão ser intervencionadas e se estas implicavam a paralisação das atividades artísticas na sala, o conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), entidade que tutela o TNSC, afirmou, em comunicado, que “estas questões estão a ser avaliadas e não foi tomada ainda uma decisão final”.
As obras no TNSC foram anunciadas pelo secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, no parlamento, justificando a atribuição de 4,1 milhões de euros, em sede de Orçamento do Estado, ao Opart, numa resposta à deputada socialista Gabriela Canavilhas.
A agência Lusa questionou também o conselho de administração do Opart sobre a parceria entre esta instituição e a Sociedade de Instrução e Beneficência “Voz do Operário”, depois do cancelamento do espetáculo “1 HD – Uma História da Dança”, em março último, e que motivou um abaixo-assinado na Internet, que reuniu mais de 300 assinaturas, e uma ação de protesto em frente ao Teatro Camões, em Lisboa.
Em resposta, o conselho de administração deu conta de ter havido uma reunião, entre o diretor artístico da Companhia Nacional de Bailado, Paulo Ribeiro, e o diretor da Escola Voz do Operário, Vítor Agostinho, que foi acompanhado por professoras do conselho pedagógico.
Segundo a mesma fonte, foi afirmado a “disponibilidade de ambas as partes para continuarem a desenvolver projetos pedagógicos na área da dança, desde aulas até projetos de maior fôlego”.
“A reunião foi positiva e produtiva, cabendo agora ao coordenador dos Estúdios Victor Córdon estabelecer calendários e modelos de trabalho com o Conselho Pedagógico da instituição”, lê-se no comunicado do conselho de administração do Opart enviado à Lusa.
“Esta colaboração só poderá, em termos práticos, ser retomada no início da próxima temporada, que coincide com o início do ano letivo”, acrescentou o conselho de administração do Opart, que gere o TNSC e a Companhia Nacional de Bailado.