Os paleontólogos Octávio Mateus e Emanuel Tschopp, doutorados pela Universidade Nova de Lisboa, descobriram uma nova espécie de dinossauro saurópode, cujo artigo científico foi esta terça feira publicado na revista científica “Peerj”.
Os achados do dinossauro, que estão em exibição no Sauriermuseum Aathal, na Suíça, foram escavados em 1995, no Wyoming, Estados Unidos, por uma equipa suíça liderada por Hans-Jakob “Kirby” Siber e Ben Pabst.
O dinossauro estava até agora classificado como saurópode Apatossaurus, mas detalhes anatómicos, nomeadamente “pernas mais maciças e pescoço particularmente alto e triangular perto da cabeça”, levaram os paleontólogos ligados à Universidade Nova de Lisboa a concluir que o dinossauro “não é do género Apatossaurus, mas é sim um Galeamopus”, género descoberto por ambos em 2015, disse Octávio Mateus à agência Lusa.
O dinossauro saurópode diplodocídeo Galeamopus, com 150 milhões de anos, foi assim designado por Galeamopus pabsti, em alusão ao género e ao investigador que o descobriu em 1995, Ben Pabst.
Apesar de existirem achados em África, América do Sul e na Europa, “o Jurássico Superior dos Estados Unidos é o centro da biodiversidade dos dinossauros saurópodes diplodocídeos”, defendeu Octávio Mateus.
Nos Estados Unidos da América, são conhecidas mais de 15 espécies destes dinossauros gigantes, conhecidos por terem pescoço e cauda compridos, distribuídos pelos géneros Diplodocus, Apatossaurus, Brontossaurus e Galeamopus, o que para os paleontólogos é uma diversidade muito mais do que a existente no Jurássico Superior da Europa.
“É uma diversidade muito maior do que a que esperávamos”, sublinhou.
O português Octávio Mateus e o suíço Emanuel Tschopp são investigadores da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã. Emanuel Tschopp está também ligado à Universidade de Turim, em Itália.