Quando entramos na conta oficial do Twitter de Adam Peaty (e se dúvidas ainda existissem), o ‘pinned tweet’ diz tudo: a imagem da celebração da medalha de ouro dos 100 metros bruços nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a 7 de agosto de 2016. Esse foi o ponto alto de uma carreira sempre e ainda em ascensão. Mas o elevador da glória não parou no Brasil e o inglês foi o grande destaque no segundo dia dos Mundiais de natação.

Em 2014, ganhou quatro ouros nos Europeus de piscina longa e três pratas nos Mundiais de piscina curta; em 2015, conseguiu duas pratas nos Europeus de piscina curta e três ouros nos Mundiais de piscina longa; em 2016, tinha ganho quatro ouros nos Europeus de piscina curta, antes de ganhar um ouro e uma prata nos Jogos Olímpicos. Tudo em 50 e 100 metros bruços e estafetas, de estilo ou mistas. Assim se escreve uma nova era neste estilo.

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Agora, Adam Peaty, de 22 anos, que em miúdo tinha medo da água e fugia a sete pés na hora do banho, conquistou a medalha de ouro nos 100 metros bruços, com um novo recorde dos Campeonatos (57,47, vencendo o americano Kevin Cordes e o russo Kirill Prigoda), e, esta terça-feira, bateu o recorde mundial nos 50 metros bruços nas eliminatórias (26,10). Razão tinha a ex-nadadora olímpica Melanie Marshall, que quando viu o inglês disse que era lento para nadar o estilo livre mas tinha qualquer coisa especial em bruços.

O segundo dia foi de festa dupla para os britânicos: Benjamin Proud conquistou a sua primeira medalha de sempre em Mundiais e logo a de ouro, na final dos 50 metros mariposa, batendo por apenas quatro centésimas o brasileiro Nicholas Santos (22,75-22,79). O ucraniano Andrii Govorov fechou o pódio com o tempo de 22,84.

Nas outras duas finais do dia, ganharam… as principais e únicas favoritas: Katinka Hosszu, a ‘Dama de Ferro’ húngara que foi uma das maiores figuras dos Jogos Olímpicos do ano passado com três medalhas de ouro e uma de prata, ganhou os 200 metros estilos com 2.07,00, à frente da japonesa Yui Ohashi (2.07,91) e da americana Madisyn Cox (2.09,71), ao passo que a sueca Sarah Sjöstrom voltou a brilhar nos 100 metros mariposa, batendo o recorde dos Campeonatos com 55,53.

Entre a delegação nacional, Tamila Holub ficou com o décimo melhor tempo nas eliminatórias dos 1.500 metros livres (16.24,05, a duas posições nas qualificações), enquanto Gabriel Lopes terminou com a 30.ª melhor marca da qualificação dos 50 metros costas, com o tempo de 55,99.