A startup portuguesa Codacy fechou uma ronda de investimento Série A em capital de risco no valor de 5,1 milhões de dólares (4,3 milhões de euros). A operação foi liderada pela sueca EQT Ventures e contou com a participação das capitais de risco portuguesas Faber Ventures e Caixa Capital, do fundo britânico Seedcamp e do alemão Join Capital, avançou a publicação tecnológica TechCrunch.
Ao Observador, Jaime Jorge, adiantou que o objetivo da ronda é expandir a operação e continuar a adquirir novos clientes. “Temos um grande foco no produto e em continuar a ser a melhor solução do mercado. Por isso, a engenharia é uma das nossas maiores prioridades“, afirmou o fundador e líder que já conta com “milhares de milhões de linhas de código a serem analisadas por semana, mais de 40 mil programadores e muitas centenas de clientes espalhados por todo o mundo”.
“A revisão de código tornou-se uma parte essencial do desenvolvimento do fluxo de trabalho e os programadores passam mais de 20% do seu tempo a rever código para encontrar erros o quanto antes, assegurando a qualidade. Com a Codacy, estimamos que otimizamos o tempo que os programadores reveêm o código em 30%”, afirmou Jaime Jorge.
A Codacy foi fundada em 2012 por Jaime Jorge e João Caxaria, que queriam criar uma rede de análise de código. Objetivo: encontrar erros desoftware para ajudar os programadores a trabalhar com mais eficiência. Dois anos depois, a startup portuguesa venceu a competição final da Web Summit, em Dublin, colocando Lisboa no radar de Paddy Cosgrave, fundador do evento que acabou por se mudar para o Parque das Nações em 2016.
Entre os clientes da Codacy, estão nomes como o Paypal, a Adobe, a Qlik ou o Centro de Investigação ao Cancro do Reino Unido. Em 2015, a Codacy recebeu um milhão de euros de investimento, numa operação liderada pela Caixa Capital e que incluiu também os já investidores Henrique de Castro, E.S. Ventures, Join Capital e Faber Ventures.
Ao Observador, o administrador executivo, Stephan Morais, explicou na altura que era possível que a Codacy avançasse para uma ronda de investimento maior (Série A) no próximo ano e meio, porque tem uma ferramenta competitiva a nível mundial e opera num segmento que acredita ter cada vez mais procura – o da programação. Atualmente, trabalham 18 pessoas na startup portuguesa.
Stephan Morais: “Ninguém duvida que há capital em Portugal” para investir