O humorista Nuno Markl publicou esta quinta-feira na sua página do Facebook uma mensagem intitulada “Carta de um pai a youtubers, tentando não ser maçador”, no qual faz uma critica aos gritos e palavrões que são pronunciados nos vídeos que publicam. A publicação já ultrapassou os 1,5 mil gostos e 120 partilhas.
O humorista mostra-se preocupado com a quantidade de gritos que vêm acompanhada de palavrões, principalmente quando os vídeos onde isso acontece são direcionados a um público infantil. Nuno Markl, admitindo que também diz palavrões no programa que tem no Youtube, explica que o dirige para um público diferente.
É um programa para adultos – sabemos para quem falamos quando dizemos as tenebrosas alarvidades que dizemos, da mesma forma que vocês sabem para quem falam, quando dizem as alarvidades que dizem: para miúdos de oito anos, como o meu filho Pedro”, explica Nuno Markl na publicação.
O humorista fala ainda dos youtubers que partilham “experiências com o «sobrenatural»” que provoca ao filho de oito anos insónias por se convencer “de que assombrações existem e não apenas na mansão dos youtubers”. Deixa uma sugestão de conteúdo, como exemplo: vídeos sobre a importância de ajudar os bombeiros. “Conseguem decerto fazer isso sem perder o que os miúdos gostam em vocês. É provável que eles ainda fiquem a gostar mais”, diz ainda.
Vocês gritam muito facilmente com muita coisa. O meu filho explicou-me: «Eles assustam-se muito com tudo». Certo, é capaz de ser uma coisa geracional, talvez tenha a ver com o estado de alarme do mundo moderno. Mas são gritos, muitos”, pode ler-se na publicação no Facebook.
Nuno Markl alertou para o poder que têm os youtubers dado que, além do filho e de outras crianças, “milhões de pessoas acompanham todos os dias, a toda a hora” aquilo que relatam através dos vídeos que publicam.
O humorista deu também os parabéns aos youtubers pelo “sucesso”, pelo “empenho e dedicação”, admirando o facto de terem aberto “novos caminhos para aquilo a que, ainda há pouco tempo, se chamava só televisão” e invejando a “ferramenta criativa extraordinária” que ele desejava ter quando era jovem.