Vai determinado, mas sobretudo cansado. Ao fim de 9 dias em pleno Atlântico, Lufinha admite algum cansaço, tanto nele como em Anke Brandt — a recordista alemã que o acompanha e que “partilha” as milhas náuticas. Só param quando o objetivo inicial for conseguido: ligar os Açores ao continente na maior viagem em kitesurf alguma vez tentada.
Lufinha conta ao Observador que já só pensa no dia da chegada, mas a equipa continua com todas as “boas energias” a bordo. O pior, admite, é o desgaste que apresenta fisicamente — algo de que já estava à espera, como nos contou neste especial.
As mãos estão desfeitas de agarrar na barra, os joelhos acusam dor de gerir tantas ondas e de forçar um rumo contra o vento, o meu pescoço também está a dar sinal, pois estamos sempre virados para a esquerda numa posição estática”, conta.
A travessia obriga a um esforço físico constante e ambos têm de passar por condições de muito sol, calor e sal, que se tornam “insuportável”. “Ficamos com formigueiro e dor, que só pára depois de uma hora fora de água. O descanso a bordo começa a ser relativo, pois o barco está sempre aos saltos, mas claro que permite recuperar energias!“, confessa-nos.
O Observador tem a confirmação de que a chegada está prevista para esta quarta-feira, a partir das 17 horas, à marina de Oeiras.
Veja a fotogaleria acima dos últimos dias de Francisco Lufinha no mar.
Francisco Lufinha: “Estar no meio do oceano e não ver nada… Pensei em tudo, que ficava ali”