A primeira menção do presidente dos Estados Unidos à Coreia do Norte surgiu aos 14 minutos de um até então brando discurso, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. “O Rocket Man está numa missão suicida, para ele e para o seu regime”, disse referindo-se a Kim Jong-Un.
[jwplatform 4048jrq2]
“Se for preciso, destruiremos completamente a Coreia do Norte”, continuou Donald Trump esta terça-feira na Assembleia Geral da ONU. “Os Estados Unidos estão prontos e com vontade, mas temos esperança de que não seja necessário termos de o fazer — é para isso que as Nações Unidas servem.”
Depois dos momentos iniciais, em que enalteceu a criação e existência das Nações Unidas e repetiu exaustivamente os princípios por que, diz, se regem os Estados Unidos — soberania, segurança, prosperidade, paz e liberdade –, Donald Trump evocou os feitos dos norte-americanos em prol do resto do mundo ao longo das últimas décadas.
“Das praias da Europa, aos desertos do Médio Oriente e às selvas da Ásia, os nossos cidadãos pagaram o mais elevado preço para defender os nossos direitos e os dos povos dos outros países”, lembrou. Para logo a seguir deixar um aviso: nenhuma nação deve ter de “carregar um fardo mais pesado do que outras, militar ou financeiramente”. “Os Estados Unidos vão sempre defender as outras nações, mas não vamos continuar a entrar em acordos onde os não recebemos nada em troca”, acrescentou.
Ao longo de 41 minutos e 20 segundos de discurso, o presidente dos Estados Unidos exortou ainda os restantes líderes na sala a atuarem contra outras “forças de destruição”, para que o “mal não triunfe”. Para além de apelar ao isolamento do regime de Kim Jong-Un, e de afirmar que o acordo nuclear com o Irão é “um embaraço para os Estados Unidos”; garantiu que enquanto não se registarem “mudanças significativas” as sanções a Cuba vão manter-se; e pediu ajuda para acabar com o “governo corrupto de Maduro”, na Venezuela.
Não se pronunciou de todo sobre a minoria rohingya, perseguida em Myanmar, nem sobre os Acordos de Paris, que Barak Obama firmou e que ele próprio decidiu abandonar em junho.