O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, demitiu-se esta segunda-feira e convocou eleições antecipadas um ano antes da data prevista das próximas eleições, avança a BBC. A ideia é reforçar a sua posição política e avançar com reformas económicas.
A câmara baixa do parlamento japonês será dissolvida na terça-feira.
A Reuters já noticiava esta manhã que a tensão e a resposta dada às ameaças de guerra da Coreia do Norte estão no centro da decisão. De acordo com a CNN, o primeiro-ministro espera conquistar mais representação no parlamento de forma a responder firmemente à Coreia do Norte.
Há cinco anos, conseguimos mudar o Governo com o apoio do povo e prometemos levar a cabo uma reforma económica”, afirmou Abe em conferência de imprensa, acrescentando: “Agora é o momento para ir mais longe e aplicar as últimas fases [da reforma] para garantir o crescimento”.
Abe chegou ao poder no final de 2012 e, se seu partido, o Democrata Liberal (PLD), ganhar novamente nas eleições (que provavelmente decorrerão em 22 de outubro), enfrentará o terceiro mandato consecutivo até 2021 e ganhará tempo para culminar a aplicação da sua estratégia económica, conhecida como “Abenómica”.
Entretanto, a governadora de Tóquio decidiu lançar um novo partido político para desafiar o partido no poder do primeiro-ministro nas eleições que se esperam no próximo mês.
Yuriko Koike revelou esta segunda-feira que está à frente do Hope Party (Partido da Esperança) e planeia enviar candidatos para disputar alguns dos 475 lugares na câmara baixa.
Antes da conferência de imprensa em que anunciou a dissolução do Parlamento, o primeiro-ministro nipónico anunciou um plano de estímulo económico de dois mil milhões de ienes (14.972 milhões de euros), que porá em marcha se for reeleito nas eleições antecipadas de outubro.
A Bolsa de Valores de Tóquio subiu, beneficiando da desvalorização do iene em relação ao dólar e das expectativas nas medidas a anunciadas por Shinzo Abe.
(em atualização)