O presidente da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP) manifestou-se hoje apreensivo quanto à forma como está a ser feita a consolidação orçamental, já que isso tem “implicações para o financiamento da economia”.

“Consideramos que não está a ser feita uma verdadeira consolidação orçamental”, disse Jorge Jordão, salientando que o défice estrutural português “é bastante significativo”.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), o Governo prevê um défice orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento económico de 2,2% no próximo ano.

O Executivo liderado por António costa melhorou também as estimativas para este ano, prevendo agora um crescimento económico de 2,6% e um défice orçamental de 1,4%.

O presidente da CSP salientou que a redução do défice de 1,4% para 1% acontece “à custa do desagravamento dos juros”, o que significa estar “à mercê dos juros”, logo se houver uma crise, Portugal ficará exposto.

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“Estamos apreensivos quanto à consolidação”, afirmou, porque se houver uma crise de financiamento “anula-se a folga que existe” e isso tem “implicações para o financiamento da economia”.

Além disso, Jorge Jordão sublinha ainda o aumento da derrama e a não descida do IRC, que tem implicações na captação de investimento.

A CSP irá manter encontros com os diversos grupos parlamentares sobre o OE2018, onde irá apresentar propostas.