O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, foi internado esta terça-feira numa unidade do Serviço Nacional de Saúde em Lisboa. O diagnóstico? Síndrome vestibular aguda. Mas do que se trata ao certo?

O otorrino João Paço explicou ao Observador que se trata de uma “patologia que atinge um dos aparelhos do equilíbrio”, sendo que “a maioria das vezes é um vírus que ataca um dos ouvidos“. “O ouvido afetado fica a trabalhar mal e entra em dissonância com o outro ouvido, criando problemas de equilíbrio”, adiantou o especialista.

Já a otorrinolaringologista Margarida Amorim caracterizou a síndrome como a “instalação de uma vertigem”. Um vírus é a principal causa mas “um AVC pode manifestar-se na síndrome vestibular aguda”, acrescentou a especialista. Só uma ressonância magnética pode apurar o que motivou a síndrome.

Os sintomas podem durar horas ou dias: perdas de equilíbrio, sensação de queda, vertigens muito fortes, suores, naúseas e vómitos. “Veem tudo a andar à roda”, explica Margarida Amorim. “Cada vez que se mexe a cabeça, os sintomas pioram”, acrescenta ainda João Paço.

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Torna impraticável a vida do dia a dia“, refere o otorrino ao Observador, esclarecendo que se for “um problema viral muito violento” o problema pode durar entrar dois a três dias. “É o período em que o vírus está ativo. Passados esses dias, a coisa fica equilibrada.”

A síndrome é curada com medicamentos antivertiginosos e a duração do tratamento é indefinida: “Vai dependendo de pessoa para pessoa”, afirma ainda a otorrinolaringologista Margarida Amorim.

Ministro da Educação internado por tempo indeterminado com vertigens