Desde a meia-noite de domingo foram registadas 2.710 ocorrências relacionadas com a tempestade Ana, a maior parte (1.720) quedas de árvores, mas também inundações e quedas de estruturas, disse esta segunda-feira a Proteção Civil à agência Lusa.

Paulo Santos, oficial de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, disse à Lusa que desde as 00h00 de domingo até às 2h55 deste dia os distritos mais afetados eram o Porto (423 ocorrências), Lisboa (278), Braga (271), Aveiro (269), Viseu (255) e Coimbra (232).

O oficial de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil precisou que nos números relativos a Lisboa não estão contabilizadas as ocorrências registadas na cidade.

“O IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] tinha previsto que a partir das 3h00 a tempestade começasse a perder intensidade e a dissipar-se, e isso verificou-se. Neste momento, está a atingir mais o Alentejo e Algarve”, disse Paulo Santos.

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Queda de árvore mata mulher de 49 anos em Marco de Canaveses

Mais de 9.300 operacionais da Proteção Civil, incluindo bombeiros, elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e Guarda Nacional Republicana (GNR), estão destacados desde o início de domingo por causa do mau tempo.

A queda de uma árvore provocou uma vítima mortal, uma mulher de 45 anos, em Marco de Canaveses, no domingo.

Lisboa: 122 ocorrências durante a noite

Mais de uma centena de ocorrências foi registada desde as 00:00 e até às 07:00 pelo Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa, a maioria quedas de árvores e de estruturas, segundo uma fonte da corporação.

“Desde as 0h00 e até às 7h00 de hoje registámos 122 ocorrências, sendo que 51 são quedas de árvores e 25 quedas de infraestruturas”, disse à Lusa uma fonte dos Sapadores.

De acordo com a mesma fonte, foram ainda registadas sete inundações em espaços privados e oito em espaços públicos.

“Não foram registados acidentes graves, nem feridos na sequência das ocorrências”, disse a mesma fonte, acrescentando que os pedidos diminuíram entretanto devido à melhoria do estado do tempo.

Em declarações à Lusa esta segunda-feira de manhã, uma fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Lisboa tinha dado conta de mais de 300 ocorrências entre as 0h00 e as 6h30, sendo a maioria quedas de árvores e estruturas.

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“Registámos depois das 0h00 mais de 300 ocorrências que contaram com 1.200 operacionais, com o auxílio de 338 veículos. Entre estes operacionais estiveram envolvidos, bombeiros, PSP, GNR, veículos de reboque e assistência e Infraestruturas de Portugal”, adiantou a mesma fonte.

Quedas de árvores e estruturas durante a noite

Centenas de quedas de árvores e estruturas foram registadas nos distritos do Porto e de Lisboa entre as 0h00 e as 6h30 de hoje, sem causar vítimas segundo os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS).

Em declarações à agência Lusa, uma fonte do CDOS de Lisboa adiantou que entre as 0h00 e as 6h30 foram registadas mais de 300 ocorrências, sendo a maioria quedas de árvores e estruturas, mas também foram reportadas pequenas inundações, que não fizeram quaisquer vítimas.

“Registámos depois das 0h00 mais de 300 ocorrências que contaram com 1.200 operacionais, com o auxílio de 338 veículos. Entre estes operacionais estiveram envolvidos, bombeiros, PSP, GNR, veículos de reboque e assistência e Infraestruturas de Portugal”, adiantou a mesma fonte.

De acordo com a fonte do CDOS de Lisboa, os pedidos de auxílio diziam respeito sobretudo a quedas de árvores e de estruturas como por exemplo placards.

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“O estado do tempo acalmou bastante o que ajudou à diminuição do número de ocorrências. Contudo, estamos a prever que este número venha a aumentar com o nascer do dia, com a saída das pessoas para a rua. Nessa altura, vamos ter noção maior dos estragos também”, disse.

No que diz respeito ao distrito do Porto, uma fonte do CDOS disse à Lusa que desde as 0h00 foram registadas mais de 200 ocorrências sobretudo de quedas de árvores e estruturas e pequenas inundações.

“Entretanto, ao longo da noite com a melhoria do estado do tempo diminui também o número de ocorrências”, disse a mesma fonte, salientando “não ter havido registo de vítimas, nem casas desalojadas, nem situações de desalojados”.