O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, apelou esta segunda-feira aos países membros da União Europeia (UE) que reconheçam “rapidamente” a Palestina como Estado independente e assegurou que isso não impede um recomeço das negociações de paz.
“Consideramos a UE como um verdadeiro parceiro e amigo e, por essa razão, apelamos aos Estados membros que reconheçam rapidamente o Estado da Palestina”, disse Abbas em Bruxelas.
“Não há qualquer contradição entre um reconhecimento e o reinício das negociações” com Israel, acrescentou.
“Isso encorajaria o povo palestiniano a continuar a ter esperança na paz”, disse Abbas.
O líder da Autoridade Palestiniana reuniu-se esta segunda-feira com a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, e os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 28, em Bruxelas para a habitual reunião mensal.
Apenas nove países da UE reconhecem oficialmente o Estado palestiniano: a Suécia, desde 2014, e outros oito países, que reconheceram a Palestina antes de aderir à UE (República Checa, Eslováquia, Hungria, Polónia, Bulgária, Roménia, Malta e Chipre).
O líder palestiniano criticou por outro lado a suspensão pelos Estados Unidos das contribuições para a agência da ONU que apoia os refugiados palestinianos (UNRWA), considerando que isso corresponde a “abandonar os refugiados” ou “pedir-lhes que saiam” dos territórios palestinianos.