O árbitro do combate que levaria à morte do lutador português de MMA (Artes Marciais Mistas), João ‘Rafeiro’ Carvalho, de apenas 28 anos, explicou num tribunal em Dublin que não houve nada fora de normal no combate, em abril de 2016, e que o lutador português aparentava estar mais cansado, mas manteve os punhos erguidos.

Houve muitos murros fortes, mas não foi nada fora do normal. Talvez o ritmo fosse fora do normal, ambos os lutadores estavam a lutar arduamente e de forma muita intensa”, disse o árbitro polaco Mariusz Domosat, esta quinta-feira em tribunal, citado pelo Irish Times.

O lutador português, de Almada, morreu no dia 11 de abril no Beaumont Hospital, para onde foi transportado dois dias antes, ao sentir-se mal depois de um combate, que perdeu, no National Boxing Stadium. “João parecia mais cansado que Charlie [o seu adversário]. Ele estava cansado mas mantinha os punhos erguidos”, adiantou.

O árbitro interrompeu o combate na segunda metade do terceiro round porque o lutador português parecia cansado, mas disse que ambos os lutadores estavam exaustos, indicando que nada lhe pareceu fora do normal.

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O lutado ter-se-á sentido mal apenas alguns minutos depois de o combate terminar.

No mesmo inquérito às causas de morte do lutador português também foi ouvido o seu irmão, José Silvestre, que diz que a competição em que o seu irmão acabaria por morrer era o seu “sonho” enquanto lutador: “era algo que ele sempre quis neste desporto, lutar noutro país. É o que todos os lutadores querem.

O inquérito à morte do lutador continua a decorrer em Dublin, com o objetivo de apurar as causas de morte do português.