O relógio aproximava-se dos 60 minutos no Estádio do Dragão quando Fábio Coentrão se preparava para fazer aquilo que deveria ter sido um lançamento lateral normal mas que, de modo nunca antes visto, acabou por dar para o torto: a bola saiu na direcção de uma das equipas de maqueiros no relvado e acabou presa debaixo das pernas de um dos elementos.
Coentrão, perante os assobios de um Dragão que tem no jogador das Caxinas uma espécie de ódio de estimação, não conseguiu repor a bola com rapidez e acabou por empurrar o maqueiro para recuperar a bola. Um colega do homem do colete laranja respondeu na mesma moeda com o jogador e gerou-se uma confusão e uma troca de empurrões que envolveu as equipas de futebol, os seguranças de recinto e a própria polícia presente.
Acalmados os ânimos, Artur Soares Dias decidiu expulsar dois dos maqueiros da área de jogo: um deles acabou por ir para a bancada, outro seguiu para o balneário, com uma grande salva de palmas dos adeptos azuis e brancos.
Já Coentrão, que podia ter sido sancionado com um cartão pelo ato, continuou em jogo até ser substituído por Montero, naquela que foi outra das maiores vaias da noite no Dragão. Após as passagens por Rio Ave e Nacional (sempre a marcar no Dragão), os portistas não esqueceram também os seis anos que o lateral passou pelo rival Benfica (e onde marcou também no reduto dos azuis e brancos).