A demolição controlada da parede de um prédio em risco de colapso nas Caldas da Rainha vai ser efetuada na segunda-feira, se as condições climatéricas não puserem em risco a operação, informou esta sexta-feira a Proteção Civil.

“Se houver condições climatéricas favoráveis para garantir a segurança, a parede será demolida na segunda-feira”, disse à Lusa o responsável pela Proteção Civil na Câmara das Caldas da Rainha, Gui Caldas.

A demolição controlada da parede exterior do edifício em risco de colapso, na Rua Vitorino Fróis, foi determinada pela Câmara das Caldas da Rainha na segunda-feira, depois de no domingo passado a queda do revestimento ter deixado o prédio sem condições de segurança.

A demolição vai ser feita “por uma empresa contratada pelo condomínio”, tendo a Câmara, segundo Gui Caldas, “exigido a presença de um técnico responsável e a entrega de uma memória descritiva e justificativa do que vai ser feito”.

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A Câmara exigiu ainda “o encaminhamento dos detritos para empresa certificada” e “isentou a obra do pagamento de taxas”, explicou o responsável.

A queda do revestimento obrigou à evacuação do prédio de seis andares, dois de comércio e quatro de habitação.

A autarquia assumiu os custos de alojamento e alimentação de 13 deslocados na sequência da queda do revestimento, mantendo-se as quatro famílias, com quatro crianças, instaladas até sexta-feira numa residencial da cidade.

“A partir de sábado as três famílias ficarão por conta dos respetivos senhorios, um dos quais se deslocou do estrangeiro para resolver a situação, e uma das famílias, que é proprietária de um dos andares, ficará à sua responsabilidade”, explicou Gui Caldas.

A queda do revestimento, em azulejo, e do bloco de tijolos que o suportava foi causada “pelo facto de não terem sido feitas obras de conservação e restauro no edifício”, da responsabilidade do condomínio, afirmou na altura Gui Caldas , admitindo que a mesma tenha sido “potenciada pelo mau tempo”, embora essa não tenha sido a causa determinante.