Os exames no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa estão a ser feitos na morgue, nas capelas da unidade e ainda num laboratório do Hospital Pulido Valente, noticia esta sexta-feira o Correio da Manhã. As autópsias, por sua vez, estão a ser realizadas noutro hospital.

A situação deveria de problemas no Laboratório de Histopatologia do Serviço de Anatomia Patológica do IPO, que remontam ao verão de 2017: a elevada concentração de formol no ar numa das divisões começou provocar a sintomas nos funcionários. Dores de cabeça e náuseas incluídas. O manuseamento da substância no laboratório foi proibido em novembro de 2017. A administração já prometeu obras que ainda não começaram devido à falta de verbas.

Apesar disso, os técnicos de anatomia patológica e os assistentes operacionais argumentam que a morgue não terá a extração adequada para o manuseamento de formol, uma substância considerada cancerígena pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que, segundo o CM, pode ser usada para conservar partes do corpo. O contacto em excesso com esta substância pode provocar náuseas e irratação da pele e dos olhos.

O mesmo jornal cita uma fonte conhecedora do processo que assegura que alguns dos sintomas provocados pelo formal levaram a baixas médicas e consequentes atrasos nos exames. No entanto, se em janeiro o atraso era de dois meses, atualmente é apenas de uma semana, isto porque os funcionários estão a fazer horas extra.

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Obras do novo edifício do IPO arrancam em 2018 e custarão 30 milhões de euros

Ainda de acordo com o Correio da Manhã, o IPO está a ponderar transformar os gabinetes de Anatomia Patológica em laboratório e remeter as consultas para contentores. No início de 2017 era notícia que as obras do novo edifício do IPO de Lisboa, a ser construído na Praça de Espanha, estavam agendada para 2018, avaliadas em 30 milhões de euros.