O mundo está a mudar e as grandes apostas de futuro na área tecnológica centram-se na robótica, inteligência artificial e machine learning. “Estas áreas vão alterar a forma como as empresas fazem negócios. Pela primeira vez na história, as tecnologias oferecem capacidade de aprendizagem para as máquinas. Portanto, elas apresentam maior adaptação e autonomia. Isso mudará completamente o papel dos seres humanos nos negócios e impulsionará o crescimento das empresas em tempo recorde.” Quem o diz é Alar Kolk, presidente da European Innovation Academy (EIA), a maior aceleradora de startups do mundo. Este programa internacional de empreendedorismo visa transformar, em apenas 15 dias, uma ideia de negócio numa nova empresa.
A meta da academia de inovação é impulsionar as capacidades empreendedoras dos universitários, permitindo testar de uma forma rápida e eficiente os projetos. O estónio que lidera o evento não tem dúvidas: “100 startups de 60 países vão experimentar as ideias mais inovadoras que irão moldar as nossas vidas em cinco anos. Eles vão inventar o futuro em Cascais”.
Universitários como motor do empreendedorismo
A EIA 2018, a academia internacional que acredita na criatividade dos universitários como motor de inovação, vai ter este ano o dobro dos participantes da edição anterior. No total, são 500 jovens que vão colocar à prova as suas capacidades de empreendedorismo.
“Os alunos podem projetar e desenvolver a sua vida futura seguindo um caminho empreendedor. É uma oportunidade para desenvolver startups com a ajuda de mentores de Silicon Valey. Os 100 estudantes de Portugal irão juntar-se a 150 estudantes norte-americanos. Na calha estão os novos criadores de facebooks e googles”, acrescenta Alar Kolk, o líder deste evento em que o sonho comanda o empreendedorismo.
Espera-se que participem na iniciativa mil estudantes portugueses até 2021, segundo o plano de permanência da EIA traçado a priori para Portugal. Os jovens contam com o apoio de alguns parceiros da organização da academia no nosso país. Nesta 2ª edição o Santander Universidades vai atribuir directamente 50 bolsas a estudantes, enquanto as universidades portuguesas com as quais o SU tem protocolo de colaboração apoiam com outras 50 bolsas.
Jovens impulsionam reviravolta para nova economia
Com o objetivo de criar startups tecnológicas líderes de mercado, a EIA conta com a colaboração de instituições que são uma referência na área da inovação: as Universidades de Berkeley e Stanford e o gigante Google. A ideia é que 50 equipas de estudantes sejam capazes de criar o seu próprio projeto tecnológico, com a ajuda de mentores com ampla experiência em empreendedorismo, com o objetivo final de conquistar potenciais investidores.
O presidente da EIA esteve recentemente em Portugal para a apresentação do programa 2018, que decorreu na sede do Banco Santander Totta, um dos principais patrocinadores da iniciativa. Alar Kolk dissertou sobre o tema “Life Design: The Vision of Portugal in 2025”. Para o líder da academia pode emergir uma nova economia portuguesa impulsionada por startups e empresas digitais, em que os estudantes desempenham um papel fundamental para motivar esta reviravolta, baseada em novos modelos de negócio e tecnologias.
O lançamento da EIA 2018 contou também com a presença de alguns estudantes portugueses que partilharam as experiências da sua participação na academia do ano passado e deram a conhecer o desenvolvimento dos projetos que lideram. No final da sessão, foram oferecidas três bolsas de empreendedorismo para o ingresso na academia aos alunos que estiveram presentes no encontro.
Em Portugal, o Santander Universidades e a Câmara Municipal de Cascais são os principais parceiros da EIA, que conta também com o apoio da Beta-i, da Universidade Nova de Lisboa e da Daimler AG.
No caso do apoio do Santander Universidades está em causa um papel central na ligação da EIA às universidades e aos politécnicos portugueses, proporcionando uma experiência única aos jovens universitários. O objetivo é estimular o espírito empreendedor e as capacidades digitais dos alunos, que vão poder trabalhar num ecossistema verdadeiramente multicultural.