Tudo começou com a NextGen Series, em 2011, e passou depois para Youth League a partir de 2013. Contas feitas, e em sete anos, Portugal teve um representante na Final Four da competição que reúne a elite das equipas europeias Sub-19 em mais de metade das edições. Começou com o Sporting, passou pelo Benfica (duas vezes), chegou agora ao FC Porto. Os dragões partiam com esse objetivo que nenhum conjunto nacional conseguiu até hoje alcançar, ir à final e vencer a prova, mas acabaram por perder nas grandes penalidades frente ao Chelsea por 5-4, após o empate a duas bolas no final dos 90 minutos.

Rebobineamos o filme: em 2012/13, o Sporting terminou no terceiro lugar. Numa equipa onde pontificavam nomes como Gelson Martins, Carlos Mané, Rúben Semedo, Esgaio, Tobias Figueiredo ou Iuri Medeiros, os leões começaram por vencer o grupo 4 onde estavam também Aston Villa, PSV e Celtic, eliminando depois Liverpool (4-0) e Tottenham (5-3) até à Final Four da NextGen. Nas meias, o Aston Villa venceu por 3-1, antes do triunfo com o Arsenal (3-1) que valeu o último lugar do pódio.

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Na temporada seguinte, o Benfica conseguiu mesmo chegar à final da Youth League, perdendo no encontro decisivo com o Barcelona por 3-0. O conjunto que tinha nomes como Gonçalo Guedes, Hildeberto, Nuno Santos, Rebocho ou Romário Baldé começou por vencer sem derrotas o grupo C que tinha também PSG, Anderlecht e Olympiacos, seguindo-se triunfos com Áustria de Viena (2-1), Manchester City (2-1) e Real Madrid, com uma goleada por 4-0 que deu acesso à final. El Haddadi, avançado dos catalães que foi depois emprestado a Valencia e Alavés, bisou no encontro decisivo.

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Na última época, os encarnados voltaram à final da competição, perdendo com o Red Bull Salzburg por 2-1. A formação orientada por João Tralhão, que contava com Rúben Dias, Diogo Gonçalves, João Félix, Florentino Luís, Gedson Fernandes, Kalaica ou José Gomes, acabou o grupo B no segundo lugar, atrás do Dínamo Kiev mas à frente de Nápoles e Beskitas, superando depois Midtjylland, PSV (ambos nas grandes penalidades), CSKA Moscovo (2-0) e Real Madrid (4-2). Na final, José Gomes dava vantagem ao intervalo, mas Patson Daka e Alexander Schmidt conseguiram a reviravolta no segundo tempo.

Este foi o ano do FC Porto, com a equipa de João Brandão a qualificar-se pela primeira vez para a Final Four realizada outra vez no Colovray Sports Center, em Nyon, com muitos adeptos azuis e brancos presentes num clima de boa disposição e festa com os próprios “rivais” do Chelsea, que marcaram comparência em peso (e todos com pequenas bandeiras) no recinto suíço. Pelo caminho ficaram Mónaco, RB Leipzig, Besiktas (fase de grupos), Red Bull Salzburgo (3-1) e Tottenham (2-0).

Alinhando de início com Diogo Costa; Mamadu Lamba, Diogo Queirós, Pedro Justiniano, Diogo Leite; Rui Pires, Moreto Cassamá, Romário Baró, Diogo Leite; Madi Queta e Santiago Irala, os dragões foram anulando os pontos fortes do Chelsa (que já venceu duas vezes a competição, em 2015 e 2016) até aos 29′, altura em que Daishawn Redan inaugurou o marcador após uma defesa incompleta de Diogo Costa. No entanto, e ainda antes do intervalo, o central Diogo Queirós, que tem sido sobretudo utilizado na equipa B, fez o empate de cabeça na sequência de um canto (40′), resultado que se manteve graças a uma enorme intervenção de Diogo Costa, a corrigir o erro no primeiro golo dos blues a remate na área de Dujon Sterling.

Com antigas glórias do futebol internacional como Luís Figo, Vítor Baía, Abidal, Mendieta e Cafu nas bancadas, a segunda parte recomeçou com a mesma toada equilibrada do primeiro tempo mas com o conjunto de João Brandão a tentar explorar mais a profundidade com as movimentações de Madi Queta na frente. O Chelsea teve os primeiros dois remates com relativo perigo antes de dois minutos que podiam ter mudado o cariz do encontro para os dois lados: primeiro foi Diogo Bessa a ver um tiro cruzado na área bater no calcanhar de um defesa inglês e sair pela linha de fundo; depois foi Harvey St. Clair a acertar no poste, numa remate que sofreu também um desvio; por fim foi Irala a atirar à figura numa transição rápida.

O jogo partiu e tornou-se de loucos, com os últimos dez minutos do tempo regulamentar confirmaram: João Mário, que tinha acabado de substituir Madi Queta, foi mais rápido a atacar a bola na área e fez a recarga certeira para o 2-1 aos 80′; Joshua Grant, seis minutos depois, aproveitou uma bola a pingar na área após canto para restabelecer o empate a dois que levou a decisão sobre o primeiro finalista (o outro sairá do jogo entre Barcelona e Manchester City) para as grandes penalidades.

No desempate, Diogo Costa conseguiu defender dois castigos máximos, mas sempre que o número 1 dos azuis e brancos travava um remate, os dragões falhavam a seguir (primeiro foi Diogo Leite, depois foi Rui Pires, naquele que poderia ter sentenciado a partida a favor do FC Porto). À 14.ª tentativa, Cumming parou o remate de Diogo Bessa e o Chelsea garantiu o acesso à final da Youth League, onde irá defrontar o vencedor da outra meia-final entre Barcelona e Manchester City.