O presidente do Sporting de Braga, António Salvador, pretende uma auditoria às contas do clube realizada por uma entidade externa e “altamente credível”, revelou esta sexta-feira o presidente da mesa da assembleia geral (AG) do clube. “O presidente comunicou que pretende uma auditoria externa e independente às contas do clube, auditoria esta com o mínimo de três anos e a ser realizada por uma entidade altamente credível, que efetue toda a monitorização e verificação da gestão do clube”, disse José Manuel Fernandes no final de uma reunião dos órgãos sociais do Sporting de Braga.

Segundo o mesmo dirigente, esta decisão “resulta de declarações de alguém que esteve muito próximo da gestão e colocou em causa o bom exercício da mesma. Sob o lema de ‘quem não deve não teme’, queremos transparência absoluta”, disse numa referência implícita às críticas do ex-diretor geral do clube, João Gomes, que foi despedido com justa causa, em rota de colisão com António Salvador. Na reunião debateu-se também a questão da segunda fase da Cidade Desportiva do Sporting de Braga, cuja construção já devia ter começado, mas câmara municipal de Braga e clube ainda não chegaram a acordo sobre uma cláusula incluída no acordo inicial.

Em causa está um espaço de 800 metros quadrados no futuro pavilhão multiusos do Sporting de Braga, que vai nascer da reconversão do inacabado projeto do município da piscina olímpica, que a autarquia pretendia para usufruto da população. Numa primeira reunião entre as partes, no início de março, António Salvador afirmou que, “desde a primeira hora, o município sabe que o Sporting de Braga não estaria disponível para ter esse espaço aberto ao público”, mas a câmara presidida por Ricardo Rio exige uma alternativa, sendo que o impasse continua.

O líder da mesa da AG referiu que “haverá uma negociação” e que António Salvador “está convicto de que haverá uma solução em que, tanto o clube, como o município, saem a ganhar. Para isso terá de haver, naturalmente, algumas cedências de parte a parte”. José Manuel Fernandes notou que “este não é apenas um projeto desportivo ou de formação, mas também de regeneração urbana” que permite “rentabilizar todos os recursos financeiros que já estão ali colocados há mais de dez anos”.

A segunda fase da cidade desportiva do Sporting de Braga prevê o referido pavilhão multiúsos, com capacidade para 1250 lugares e, entre outras valências, uma área residencial para 60 quartos duplos, área de refeitório e de descanso/lazer. Esta fase completar-se-á com a construção do mini estádio com uma bancada coberta com capacidade para 2.800 lugares.

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