Os alvos da nova música de Agir são vários: a atenção do público português ao que vem de fora (“Se vem de lá de fora, então eu quero, se vem lá de fora então é bom. O povo só gosta do que importou”), o país “para turista” (“Casa à borla para quem cá chegou, mala à porta para quem sempre cá morou”), que é só “festival, futebol e fado” e até a moda do plágio (“O que era bom agora virou plágio”).
É que há dois meses, Agir lançou uma música com Diogo Piçarra, que desistiu da última edição do Festival da Canção devido à polémica criada com um alegado plágio do cantor de uma antiga canção da IURD.
Mais há mais:
“Portugal só brinda quando há bola de ouro”, rima ainda Agir neste novo rap, em que diz que “já tinha o meu [seu] álbum quase todo fechado mas há coisas que não dá para ficar calado” porque “a tuga só olha para o lado”.
Esta é a terceira música lançada por Agir este ano, depois de “Até ao Fim” (tema com participação de Diogo Piçarra) e “Falas de Mais”. Antes, lançara os singles “Manto de Água” (com Ana Moura), “Pensa em Nós” e “Minha Flor”.
Filho do músico Paulo de Carvalho e da atriz Helena Isabel, Bernardo Costa, conhecido na música como Agir, prepara o seu terceiro álbum de originais, depois de um disco homónimo em 2010 (Agir) e um segundo álbum editado em 2015, intitulado Leva-me a Sério. O rapper e cantor é autor de êxitos como “Parte-me o Pescoço” e “Tempo é Dinheiro” e já compôs para artistas como Mariza e Rita Guerra.