Vinte e sete profissionais candidataram-se à direção artística do Teatro do Bairro Alto, prevendo-se que o novo diretor seja selecionado até ao final desta semana ou no início da próxima, disse esta terça-feira à agência Lusa fonte oficial. Candidataram-se 27 pessoas ao processo de recrutamento para diretor artístico do Teatro do Bairro Alto e, nesta segunda fase do processo, estão a decorrer as entrevistas aos candidatos que obtiveram as pontuações mais elevadas nos três requisitos constantes do concurso, acrescentou uma fonte da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), da Câmara de Lisboa.

“Contamos ter um(a) diretor(a) selecionado(a) até ao final desta semana, início da próxima”, disse à Lusa, sem precisar quantos candidatos estão a ser entrevistados. O processo de recrutamento para a seleção de um diretor artístico para o Teatro do Bairro Alto foi lançado pela EGEAC, no passado dia 28 de fevereiro, e terminava a 30 de março, mas o prazo de receção de candidaturas foi prorrogado até 6 de abril, devido ao período da Páscoa.

O Teatro do Bairro Alto foi sede da companhia de Teatro da Cornucópia, de 1975 a 17 de dezembro de 2016, dia em que a companhia fundada em 1973 por Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo cumpria 43 anos. A inclusão do Teatro do Bairro Alto nas salas municipais ocorreu no âmbito do projeto de remodelação desta rede, anunciada pela vereadora da Cultura da Câmara de Lisboa, Catarina Vaz P9into, em 17 de dezembro do ano passado.

A presença deste edifício entre os teatros municipais permitiu, segundo a vereadora, garantir a sua manutenção enquanto espaço teatral, numa zona que mantém uma dinâmica cultural relevante, que se pretende reforçar com este projeto, apesar das alterações que tem sofrido. Incluir o Teatro do Bairro Alto na rede dos teatros municipais de Lisboa permitiu ainda evitar que o “emblemático edifício”, ligado ao teatro, se tornasse num espaço de serviços, segundo os responsáveis.

Para a direção artística do Teatro do Bairro Alto, a autarquia pretende um projeto que vá ao encontro do seu formato ‘black box’, direcionado, sobretudo, para a criação artística contemporânea. Pretende ainda a Câmara que o projeto a desenvolver no Teatro do Bairro Alto seja direcionado para a apresentação de projetos experimentais, no âmbito das artes de palco, nomeadamente dança, teatro, música e ‘performance’.

O júri do concurso é presidido pela presidente do conselho de administração da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, e integra Sofia Campos, administradora do Teatro Nacional D. Maria II, Rui Horta, coreógrafo e diretor artístico de O Espaço do Tempo, a jornalista Maria João Guardão e o professor e investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) Pedro Costa.

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