O Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, foi o estabelecimento público que teve mais reclamações em 2017: 2185. No setor público, destaca-se o Hospital da Luz (Lisboa), com 1149 queixas, e nas Parcerias público-privadas (PPP), o que recebeu mais reclamações foi o Hospital de Braga (1442).
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou, esta quinta-feira, o relatório do Sistema de Gestão de Reclamações relativo ao ano de 2017. No total, foram feitas 70.120 reclamações, um aumento de 18,4% comparativamente ao ano anterior (59224), sendo que os “procedimentos administrativos”, os “tempos de espera” e a “focalização no utente” foram os motivos mais destacados pelos utentes.
No setor público, depois do Hospital do Professor Doutor Fernando Fonseca, segue-se a Unidade Hospitalar de Faro, com 1940 reclamações, o Hospital Garcia de Orta (1710), o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho — Unidade 1 (1591) e o Hospital de São João (1538).
Comparativamente a 2016, o Hospital Amadora-Sintra diminuiu o número de queixas, ainda que já na altura fosse aquele com mais reclamações (1898). Seguiam-se o Hospital de São João (1836), o Hospital Garcia de Orta (1807) e o Hospital Santa Maria (1489). A Unidade Hospitalar de Faro e o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho — Unidade 1, em um ano, mais que duplicaram o número de queixas: em 2016, somavam 823 e 735 respetivamente.
Quanto aos privados, o Hospital Cuf Descobertas é o segundo estabelecimento com mais reclamações (999), seguido do Hospital dos Lusíadas Lisboa (678) e do o Hospital Cuf Infante Santo (608).
Um ranking cujo top quatro não se alterou em comparação com o do ano anterior. Ainda assim, o Hospital de Braga o Hospital Cuf Infante Santo tiveram mais queixas em 2016 do que em 2017, enquanto o Hospital Cuf Descobertas e o Hospital Lusíadas Lisboa diminuíram o número de reclamações.
No caso das PPP, depois do Hospital de Braga, o Hospital Beatriz Ângelo, em Lisboa, foi o que obteve mais queixas (1370), antes do Hospital de Cascais (1013) e do Hospital de Vila Franca de Xira (1091). Todos eles com mais queixas do que em 2016.
De ressalvar, porém, que o relatório apresenta apenas o “valor bruto de reclamações” feitas nos hospitais sem ter em conta “a dimensão, produção ou população alvo”. Ou seja, é expectável que os hospitais com mais movimento sejam também aqueles que recebem mais reclamações.
O relatório dá ainda conta de que, em 2017, foram feitos 8.948 elogios em 2017 — no anterior contavam-se 9438 –, que destacavam “o pessoal clínico” e o “funcionamento dos serviços clínicos”.