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A entrevista de Carlos Queiroz e a resposta de Quaresma: "Vozes de burro não chegam ao céu"

Este artigo tem mais de 5 anos

Depois do jogo com Portugal, Carlos Queiroz deu uma entrevista onde criticou Quaresma, os comentadores de televisão e a crise de valores da Seleção Nacional. Quaresma respondeu e Queiroz também.

Queiroz acrescentou mais uma vírgula à polémica com Quaresma mas o avançado português quis colocar um ponto final na troca de galhardetes. Não resultou.
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Queiroz acrescentou mais uma vírgula à polémica com Quaresma mas o avançado português quis colocar um ponto final na troca de galhardetes. Não resultou.

Queiroz acrescentou mais uma vírgula à polémica com Quaresma mas o avançado português quis colocar um ponto final na troca de galhardetes. Não resultou.

Depois do jogo com Portugal e de muitas críticas à arbitragem e principalmente ao VAR, Carlos Queiroz deu uma entrevista ao jornal Público e voltou a disparar em todas as direções: incluindo Ricardo Quaresma e os comentadores de futebol dos programas de televisão. Antes de regressar ao Irão, o treinador português afirmou que a campanha da seleção iraniana no Mundial da Rússia “foi excelente” e defendeu que “não ter a humildade de reconhecer o mérito é que é realmente faltar ao respeito”.

Alguns jogadores portugueses não o fizeram. E a típica imprensa portuguesa que desde 2010 cada vez que se cruza comigo insinua que eu sou menos português do que os outros. Ao contrário de alguns comentaristas que me criticaram depois da partida, eu não devo nada a ninguém. Nunca pedi dinheiro a presidentes dos clubes para pagar as minhas contas. Conheço-os a todos e conheço os presidentes que lhes davam dinheiro para eles falarem. E é por isso que alguns não gostam de mim” atirou Carlos Queiroz.

O selecionador do Irão respondeu ainda a Ricardo Quaresma, que na zona mista depois do Irão-Portugal afirmou que se falasse de Queiroz “ficaria ali muitas horas”. “O Quaresma ainda vai ter de jogar pela minha seleção e não vou tecer muitos comentários”, disse o antigo selecionador nacional, para depois acrescentar que “se todos os treinadores que ele teve falassem dele ficariam alguns anos a falar, todos, desde o Sporting ao FC Porto”. De recordar que a desavença entre Queiroz e Quaresma tem já alguns anos: em 2010, no Mundial da África do Sul, o então selecionador nacional decidiu deixar o avançado fora da convocatória portuguesa, para surpresa do público em geral.

Mas a resposta de Ricardo Quaresma não tardou a chegar. No Instagram, o jogador do Besiktas partilhou um meme onde é possível ler “já chega, o que interessa agora é o Uruguai”, e declarou estar “habituado a sofrer de preconceito ao longo da vida”. “Se é verdade que o povo diz que se deve ter sempre um olho no burro e outro no cigano também é verdade que vozes de burro não chegam ao céu”, escreveu Quaresma, em alusão à entrevista de Queiroz.

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Entretanto, Carlos Queiroz também recorreu às redes sociais para voltar a responder a Ricardo Quaresma. Numa publicação no Facebook, o treinador português escreveu: “Não é qualquer burro que me dá um coice”, deixando ainda “votos de grandes trivelas” ao avançado do Besiktas.

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Quanto à pergunta que ficou na cabeça de todos – “o que é que Queiroz disse ao ouvido de João Moutinho?” -, o selecionador iraniano garantiu que foi algo muito simples. De acordo com Carlos Queiroz, tudo o que terá dito ao médio português foi: “João, ajuda-me a acalmar aquela malta lá dentro. Os meus jogadores não têm muita experiência, ajuda todos a terem calma”. Quanto às palavras mais ácidas que trocou com Fernando Santos já depois do apito final, Queiroz revelou que estavam relacionadas com o lance do penálti do Irão, mas que tudo ficou sanado naquele momento. “Fui abraçá-lo e dar-lhe os parabéns e ele manifestou que estava sentido. Como amigos de sempre trocámos palavras de carinho e amizade um com o outro. É um incidente que entre amigos não tem nenhum significado nem nenhuma importância”, garantiu o selecionador do Irão.

Já sobre as reações e a postura que assumiu no banco durante o jogo contra Portugal, Carlos Queiroz nega que tenham sido uma tentativa de desestabilizar os jogadores portugueses. “Porque é que eu desestabilizei a equipa? Na minha conferência de imprensa de antecipação do jogo limitei-me a dizer que Portugal não é um candidato, é favorito a ganhar o Mundial. Ser campeão da Europa eleva a auto-estima dos jogadores. Não é uma exigência, é uma obrigação. Temos de assumir as nossas responsabilidades. Elogiei a equipa portuguesa, não a desestabilizei”, afirmou o antigo treinador do Sporting.

O antigo selecionador nacional mostrou-se ainda magoado por não ter sido cumprimentado pela grande maioria dos jogadores da seleção portuguesa: e garantiu que a Seleção Nacional atravessa uma crise de valores. Queiroz sublinhou ainda o Mundial da África do Sul, onde o seu nome acabou envolvido num alegado caso de doping e foi criticado pela participação portuguesa.

A história da Federação Portuguesa de Futebol não começou na Madeira com o Cristiano Ronaldo. Começou muito antes. E os valores que eu recebi do José Augusto, do Simões, do Eusébio, do Torres, do Jaime Graça, do Humberto Coelho, do Toni, não foram estes. Não estou a dizer que estão errados, apenas que não são os meus e não são os de muita gente. Já tive a minha conta na África do Sul. Algumas das pessoas que tentaram destruir a minha vida pessoal e profissional hoje até são arguidos e alguns estão na cadeia ou a ir para lá”, atirou Carlos Queiroz.

Quanto à relação com Cristiano Ronaldo – que está beliscada desde 2010, quando o capitão português remeteu quaisquer explicações sobre a fraca campanha da seleção “para o Carlos” -, o selecionador do Irão garantiu que não tem “choques com ninguém”. “Tem de lhe perguntar a ele. A minha carreira e a dele são muito maiores do que esse incidente que se passou na África do Sul”, afirmou Carlos Queiroz.

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