Os bancos portugueses reduziram no primeiro trimestre deste ano o crédito malparado em 1,7 mil milhões de euros, para um valor bruto total de 35,2 mil milhões de euros, divulgou quarta-feira a Associação Portuguesa de Bancos (APB).
Segundo a Síntese de Indicadores do Setor Bancário, no primeiro trimestre, o valor bruto de ‘non-performing loans’ (expressão em inglês para crédito malparado, na gíria financeira) no balanço dos bancos era de 35.263 milhões de euros, abaixo dos 37.005 milhões de euros em 2017, dos 46.361 milhões de euros em 2016 e dos 49.818 milhões de euros de 2015.
No trimestre em análise, o rácio de NPL diminuiu para os 13%, enquanto o rácio de cobertura de NPL subiu para 51,2%, situando-se acima da média europeia que, em dezembro, era de 47,1%.
A APB entende por ‘non-performing loans’ os empréstimos que estejam nas seguintes situações: prestações vencidas há pelo menos 90 dias; que bancos considerem que há grande probabilidade de devedor deixar de pagar, ativos com imparidade (perdas) e crédito em incumprimento.
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A APB deu também conta da redução dos empréstimos totais concedidos pelos bancos para 227.778 milhões de euros no primeiro trimestre, contra 230.872 milhões de euros no final do ano passado. Os depósitos baixaram no primeiro trimestre para 246.325 milhões (contra 249.692 milhões no final de 2017).
A APB destaca ainda a “melhoria dos indicadores de rentabilidade do setor, que registou resultados líquidos positivos de 687 milhões de euros nos primeiros três meses do ano”.
Os números apresentados na síntese da APB dizem respeito à totalidade do setor bancário português e têm por base, nomeadamente, dados do Banco de Portugal.