A HiJiffy, uma startup sediada em Lisboa, que utiliza Inteligência Artificial para dar suporte a clientes de hotéis, fechou uma ronda de investimento de mais de 300 mil euros, anunciou a empresa esta terça-feira em comunicado. A verba vai ser utilizada para melhorar o produto e permitir a entrada em grandes mercados turísticos como Espanha, França e Itália.
Segundo a empresa, a ronda de investimento foi feita com investidores europeus, como a Mobile World Capital, que organiza a maior exibição para a indústria móvel — Mobile World Congress –, e o NUMA, um centro de inovação que apoia eventos comunitários e promove a aceleração de startups.
A HiJiffy nasceu em 2016, fundada por Tiago Araújo, José Mendonça e Pedro Gonçalves, depois de perceberem que o atendimento ao consumidor era algo que a indústria hoteleira precisava de melhorar. A startup fornece um serviço de conversação implementado no website de cada hotel, onde os hóspedes podem contactar um assistente virtual que responde às suas perguntas. Se o assistente não souber a resposta, o contacto é transferido para o staff do hotel, que responde através de uma consola. O serviço está disponível todos os dias, durante 24h.
“Tudo isto acontece num ‘chat’ dentro do website do hotel, onde os hóspedes têm resposta às suas perguntas de forma instantânea, sem a intervenção de um agente. A HiJiffy também facilita o trabalho dos agentes de apoio ao cliente, na medida em que pergunta logo toda a informação necessária para que, caso seja necessário, a intervenção seja o mais eficiente possível e sem repetições”, explica Tiago Araújo.
Três meses depois, o produto foi testado em duas cadeias hoteleiras em Portugal e a startup juntou-se ao programa de aceleração NUMA Barcelona, no qual, durante quatro meses, os fundadores trabalharam com vários mentores e mais de 100 hotéis.
A HiJiffy está em nove países e entre os clientes que já alcançou estão o PortoBay, o Zmar, o Martinhal e a Uniplaces. A empresa acrescentou que no próximo ano pretende levantar uma ronda de investimento maior “que permita continuar a desenvolver a sua tecnologia” e entrar também no mercado norte-americano.