O Ministério Público brasileiro acusou Fernando Haddad, candidato à vice-Presidência na lista de Lula da Silva, de enriquecimento ilícito na campanha de 2012, quando foi eleito presidente de câmara de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
O órgão de Justiça brasileiro informou que Fernando Haddad teria cometido o crime de improbidade administrativa por ter supostamente recebido recursos ilícitos de uma construtora e pediu a perda dos seus direitos políticos, num processo em que outras 11 pessoas também foram denunciadas.
Segundo a acusação do Ministério Público de São Paulo, Fernando Haddad teria “pleno domínio” do pagamento de uma dívida de três milhões de reais (620 mil euros) da sua campanha à câmara de São Paulo, supostamente foi realizada com recursos não declarados pela empreiteira UTC.
A assessoria de imprensa de Fernando Haddad negou que ele tenha cometido irregularidades. “O ex-prefeito [ex-autarca] e ex-ministro Fernando Haddad informa por sua assessoria que respeita a decisão judicial, ainda que tenha demonstrado com documentos que todo o material gráfico produzido em sua campanha foi declarado e que não havia razão para receber qualquer recurso não declarado da UTC”, informou, em comunicado.
O ex-autarca de São Paulo deve substituir Lula da Silva como candidato principal do PT se o ex-Presidente for impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de concorrer às eleições presidenciais do Brasil, previstas para outubro.