Rui Pinto, um homem de 30 anos natural de Gaia, é o principal suspeito pela violação de correspondência interna do Benfica e já estava sinalizado pela PJ desde 2016, por causa do Football Leaks mas nunca foi possível capturá-lo. A família diz agora que o pirata informático “tem medo de voltar a Portugal” com receio que a Polícia Judiciária o prenda, mas na página de Facebook Football Leaks apareceu esta sexta-feira uma provocação à investigação portuguesa.
Segundo avançou a SIC, a Polícia Judiciária está ponderar pedir a emissão de um mandado de captura internacional contra o hacker que estaria na Hungria quando terá cometido os atos que lhe são imputados.
“PJ à minha procura?”, questiona o autor do post que, logo de seguida se ri e coloca em hashtag “catch me if you can”, isto é, “apanha-me se puderes”. A página de Facebook foi um dos meios de divulgação de informações que estavam na plataforma Football Leaks, a fuga de informação do mundo do futebol da qual Rui Pinto é tido como mentor.
Em declarações à edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias (conteúdo pago), o pai de Rui Pinto diz duvidar que o filho “tenha conhecimentos informáticos para fazer o que o acusam. Não é assim tão perito quanto isso”. Francisco Gonçalves admite ao jornal que hoje em dia fala com o filho mantendo alguns cuidado e quase nada diz sobre a sua localização atual: “Desde o caso Fotball Leaks não pára no mesmo sítio, porque nessa altura a PJ disse-me que se ele viesse a Portugal era preso”.
Rui Pinto foi apontado como responsável pelo caso que expôs contratos do fundo de jogadores Doyen, mas também dos principais clubes nacionais e de alguns internacionais. A PJ suspeita que seja também ele o responsável pelo acesso aos emails do Benfica. A divulgação, pela revista Sábado, de dados sobre a identidade do suspeito levou o Benfica a fazer, esta quinta-feira, uma conferência de imprensa para exigir saber quem pagou ao hacker.
Caso dos e-mails. Benfica aponta dedo a FC Porto e Sporting e quer saber quem pagou a hacker